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Espécies Invasoras

Porque são algumas espécies exóticas aceites e outras não?

Existem fatores determinantes na forma como as espécies exóticas são encaradas. Segundo o estudo Why Some Exotic Species Are Deeply Integrated into Local Cultures While Others Are Reviled (2019), tempo de chegada, impacte económico, preferências estéticas, efeitos na saúde humana e origem das espécies são os cinco fatores que influenciam a perceção pública, determinando quais as espécies exóticas aceites e quais são rejeitadas.

 

FatorComo se manifestaExemplo
Tempo de chegadaÀ medida que o tempo passa, as espécies vão sendo vistas como “naturais”O tomate (Solanum lycopersicum), originário da América Central e do Sul, é hoje visto como “natural” na Europa.
Impacte Económico Espécies com retorno económico são mais facilmente integradas na cultura localO café arábica (Coffea arabica), originário da Etiópia, faz parte da economia do Brasil e da Colômbia, enquanto o cacau (Theobroma cacao), vindo da América, tem profundo impacte económico em África. Em termos florestais, registam-se os exemplos do eucalipto (Eucalyptus sp.) no Brasil ou do pinheiro bravo (Pinus pinaster) na Austrália e Nova Zelândia. Em Portugal, a Cryptomeria japonica é hoje uma das principais espécies florestais de produção nos Açores.
Preferências estéticas Espécies ornamentais são mais facilmente aceites do que espécies autóctones consideradas feiasO jacarandá (Jacaranda mimosifolia), de origem americana, é visto quase como a árvore nacional da África do Sul, mas foi considerado invasor. Em Portugal é frequentemente usado em arborização em meio urbano e não é considerado invasor.
Efeitos na saúde humana Espécies medicinais são integradas, enquanto outras com efeitos nocivos são mal vistasO rícino (Ricinus communis), o aloé (Aloe vera) e o alho (Allium sativum) são espécies exóticas em Portugal, usadas com fins medicinais e bem aceites.
Origem das espécies e dos imigrantes Grupos de imigrantes podem levar espécies das terras de origem e incorporá-las na nova culturaAs hortênsias (Hydrangea macrophylla) e as criptomérias (Cryptomeria japonica), hoje símbolos dos Açores, são originárias do Japão.

 

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