Não é só o número total de espécies exóticas invasoras que está a aumentar a nível mundial, mas também o número de novas invasões e o número de espécies individuais reconhecidas como invasoras. Vários fatores têm sido associados a este aumento, nomeadamente a expansão do comércio global, o aumento das ligações a locais anteriormente isolados, e as novas introduções e expansão da gama de espécies já introduzidas devido às alterações climáticas.
A ciência das invasões biológicas – dedicada a detetar, compreender e mitigar os impactes destas espécies – tem sido desafiada a interagir com a sociedade e com os contextos culturais e históricos. A intensidade crescente do intercâmbio de espécies, mediada pela ação humana, tem resultado na homogeneização de floras e faunas. As invasões biológicas são fenómenos globais, generalizados, que ameaçam a integridade e o funcionamento dos ecossistemas naturais e geridos, desafiando a conservação da biodiversidade e dos recursos naturais.
Consideramos como EEI plantas exóticas que produzem descendência reprodutiva em grande número e a distâncias consideráveis das plantas-mãe, podendo assim propagar-se rapidamente. Aspetos como a perturbação do ecossistema, a eficiência da dispersão, a germinação de sementes e a capacidade de estabelecimento são, deste modo, essenciais para avaliar o potencial das espécies naturalizadas se tornarem invasoras.