Os incêndios florestais são um problema ambiental que, além do impacte ecológico, resultam em danos significativos de várias ordens – incluindo económica e social –, sendo importante reduzir não só a incidência, como a intensidade dos incêndios. O projeto Forvalue procurou soluções para aumentar a resiliência dos territórios florestais, tendo em consideração as dimensões ecológica, económica e social.
Uma das suas premissas foi a de que o agrupamento de áreas florestais e a sua gestão conjunta aumentam as possibilidades de uma gestão florestal ativa e de aplicar mecanização às atividades no terreno, promovendo a rentabilidade dos modelos de gestão. A gestão conjunta contribui, assim, para uma gestão sustentável e multifuncional, que concilia valores ambientais, sociais e económicos e que valoriza as matérias-primas florestais, bem como os produtos delas obtidos.
Além de reduzir o risco de abandono de zonas rurais, que está associado ao acréscimo de risco de incêndio, esta gestão ativa (que se pretende rentável), potencia também o restauro e a conservação dos ecossistemas agroflorestais – e dos serviços de ecossistema que deles resultam. Da mesma forma, contribui para a mitigação e adaptação às alterações climáticas, apoiando as metas da descarbonização.
As ações desenvolvidas pelo projeto Forvalue tiveram por base cinco princípios orientadores:
- A multifuncionalidade como elemento central do aproveitamento florestal, conjugando diferentes tipos de produção florestal, agrícola e pastoril;
- Uma visão integrada do território;
- A aposta na inovação;
- A coordenação entre instituições (públicas e privadas) para garantir o êxito da gestão;
- A sustentabilidade da gestão, essencial para a continuidade das atividades produtivas no tempo.