Um passeio numa mata ou uma caminhada num jardim é quanto basta para sentirmos cheiros diferentes dos que predominam nas vilas ou cidades e que, em muitas situações, nos despertam sentimentos de evasão e de comunhão com a natureza. Embora nem sempre seja fácil descrevê-los por palavras, muitos destes perfumes naturais são facilmente identificados, como é o caso do cheiro da terra molhada quando caem as primeiras chuvas ou do aroma mentolado que se liberta dos eucaliptos.
Mas o que faz com estes cheiros aromatizem o ar e a que se deve a existência destes perfumes naturais?
As fragrâncias naturais devem-se a compostos produzidos por microrganismos do solo, fungos e principalmente pelas plantas – nas suas folhas, galhos, frutos, raízes, madeira, seiva e principalmente nas suas flores. São compostos orgânicos voláteis – terpenos, fenóis, ésteres, etc. – que conseguem atravessar as membranas das células e que, quando entram em contacto com o ar, se vaporizam (volatilizam) à temperatura ambiente. Neste processo, as suas partículas dispersam-se e muitas delas são aromáticas.