Gestão integrada de agentes bióticos associados à perda de produção do pinhão.
Com uma área atual de cerca de 194 mil hectares (6º Inventário Florestal Nacional, 2019), o pinheiro-manso (Pinus pinea L.) providencia rendimentos importantes aos proprietários florestais e à indústria de descasque do pinhão. Todavia, nos últimos anos, produtores e industriais foram confrontados com perdas alarmantes de produção de pinha e de pinhão. Como causas possíveis foi apontado um aumento da incidência de agentes bióticos nocivos, com destaque para o sugador das pinhas Leptoglossus occidentalis, espécie invasora, originária da América do Norte, detetada em Portugal pela primeira vez em 2010. Tal como noutros países da bacia mediterrânica, há uma enorme preocupação com o impacte negativo que o L. occidentalis possa ter na produção de pinhão – tanto pelo consumo direto, como pela transmissão de outros patogénicos.
– Desenvolver processos de diagnóstico e monitorização que permitam determinar o impacte de pragas na produção de pinhas e pinhão, com destaque para o Leptoglossus occidentalis.
– Determinar períodos de desenvolvimento da pinha a serem monitorizados e tratados de acordo com o ciclo fenológico da floração/frutificação e os ciclos biológicos das pragas.
– Desenvolver processos (monitorização, silvicultura preventiva) e produtos (compostos atraentes, armadilhas, inseticidas, auxiliares) de controlo das pragas que afetam a produção das pinhas e pinhão numa perspetiva de gestão integrada.
Liderada pelo ISA – Instituto Superior de Agronomia, tem como parceiros o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, o INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, a FCUL – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, a UNAC – União da Floresta Mediterrânica e várias sociedades florestais, agrícolas, herdades e proprietários.