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11.09.2019

CEPI quer reduzir as emissões de carbono em 80% até 2050

CEPI quer reduzir as emissões de carbono em 80% até 2050

O sector europeu da pasta e do papel está empenhado em reduzir as emissões de carbono em 80% até 2050 e passar dos 60 milhões de toneladas de CO2 que registou em 1990 para 12 milhões de toneladas.   

Reduzir as emissões de carbono da indústria europeia da pasta e do papel para 12 milhões de toneladas é a meta traçada pela CEPI no “2050 Roadmap to a Low-carbon Bioeconomy”.  Este objetivo assenta numa transformação industrial de génese europeia, que além da contribuir para a descarbonização do sector e da economia, poderá gerar um valor acrescentado de 50%. 

Esta transformação está em curso e já permitiu reduzir as emissões do sector de 60 milhões de toneladas de CO2 em 1990 para 49 milhões em 2015. 

diminuição da pegada de carbono definida para 2050 assenta em ganhos concretos provenientes da inovação tecnológica, do reforço de eficiência energética e flexibilidade da oferta de energia e das melhorias nos combustíveis e infraestruturas que suportam os transportes e a logística. 

 

Tecnologias avançadas

A Confederação Europeia de Indústrias Papeleiras (CEPI) estima que a transição para a indústria 4.0 e os investimentos em tecnologias avançadas permitirão reduzir as emissões em sete milhões de toneladas de CO2 em 2050, processo que estima poder ser reforçado (reduzindo 5 milhões de toneladas  de CO2 adicionais) por tecnologias disruptivas que venham a desenvolver-se nos próximos 31 anos. 

 

Flexibilidade e eficiência energética

Em paralelo, ao reforçar a sua capacidade de cogeração, a indústria consegue adaptar as suas fontes para aproveitar os preços baixos, sobretudo os dos excedentes intermitentes da energia renovável, o que estima ajudará a reduzir as emissões até 2 milhões de toneladas. 

Refira-se que o sector já utiliza caldeiras de biomassa ou a gás e é pioneiro na produção combinada de energia térmica e elétrica, pelo que um aumento da conversão das instalações industriais tem potencial para reduzir as emissões em 8 milhões de toneladas. Com a crescente descarbonização da produção europeia de eletricidade, as emissões indiretas da compra de energia deverão também reduzir-se gradualmente e proporcionar um decréscimo de até uns adicionais 11 milhões de toneladas até 2050. 

 

Transporte e logística

A redução das emissões pode ainda ser reforçada, em 4 milhões de toneladas, pelos ganhos de eficiência provenientes dos transportes e logística, incluindo-se nesta vertente a melhoria das infraestruturas, da intermodalidade e do uso de combustíveis alternativos como biogás, biocombustíveis, eletricidade ou até células de combustível.