Melhorar a gestão das paisagens atlânticas: contabilização da biodiversidade e dos serviços de ecossistema
O cumprimento dos objetivos para a biodiversidade e desenvolvimento sustentável na região atlântica implica uma abordagem integrada que considere as relações entre as atividades humanas (aspectos sociais e económicos), o fornecimento de serviços de ecossistema e a biodiversidade costeira e terrestre. Os ecossistemas aquáticos, como rios e estuários, são especialmente vulneráveis aos impactes das atividades humanas na bacia hidrográfica. O fornecimento de serviços do ecossistema está comprometido por alterações climáticas e de uso do solo.
As redes de infraestrutura azul-verde são áreas naturais e seminaturais que permitem fornecer serviços de ecossistema – como a purificação da água, a qualidade do ar, a mitigação dos efeitos das alterações climáticas e a recreação – ao mesmo tempo que protegem a biodiversidade e asseguram a integração das atividades humanas. Contudo, para que “funcionem”, tem que haver um conhecimento das atividades e ligações existente, assim como um processo participativo que promova o envolvimento das partes interessadas relevantes: instituições, privadas e públicas, ONG e sociedade civil.
– Desenvolver novos modelos, ferramentas e procedimentos para ajudar à gestão da paisagem costeira e interior;
– Estimular redes de infraestrutura (áreas naturais e seminaturais) azul-verde que forneçam serviços de ecossistema, entre outros, nos quatro casos de estudo: rio Paiva – em Portugal, Carlingford Lough – na Irlanda, estuário e bacia de Couesnon – em França, e bacias de Pas, Miera e Asón – em Espanha;
– Identificar soluções para ultrapassar barreiras económicas e sociais que possam limitar o investimento nas redes de infraestrutura azul-verde sugeridas;
– Apoiar científica e socioeconomicamente a implementação das infraestruturas e sua regulação ambiental.
Liderada pela Universidad de Cantabria, inclui universidades, institutos de pesquisa, governos nacionais e locais, ONG e PME em Espanha, França, Irlanda, Holanda e Portugal. O nosso país encontra-se representado pelo CITAB – Centro de Investigação e Tecnologia das Ciências Agroambientais e Biológicas, UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Quercus – Associação Nacional para a Conservação da Natureza e GISTREE – Ambiente, Floresta e Sistemas de Informação Geográfica, Lda.