Unidades de Recirculação de Subprodutos de Alqueva
Alguns solos no Alentejo, apesar de profundos, são pobres em matéria orgânica. Além disso, a matéria orgânica tende a mineralizar-se e a perder-se de forma acelerada no sistema de regadio, reduzindo a capacidade do solo de reter água e nutrientes e tornando-o mais suscetível à erosão e à desertificação.
A matéria orgânica do solo vai determinar algumas das suas características, nomeadamente a capacidade de retenção de água, nutrientes e sedimentos. A matéria orgânica é o elemento agregador do solo e alimenta a sua biodiversidade. Na zona do Alqueva, os solos apresentam teores de matéria orgânica inferiores a 1%. Ainda assim, nesta área são produzidas anualmente centenas de milhares de toneladas de subprodutos agrícolas ou agroindustriais. A utilização destes subprodutos para fertilização agrícola e reabilitação da qualidade do solo vai viabilizar o processo de valorização orgânica, a retenção de carbono no solo e a redução do efeito estufa.
– Reabilitar o solo como suporte agrícola de qualidade e barreira filtrante;
– Favorecer o uso eficiente de água e nutrientes;
– Reduzir a necessidade de aplicar adubos minerais e aumentar a rentabilidade agrícola;
– Aumentar a coesão do solo, reduzindo a sua vulnerabilidade à erosão e desertificação;
– Utilizar subprodutos orgânicos de forma conservativa e circular, como fertilizantes;
– Melhorar a qualidade da água e reduzir a sua suscetibilidade a espécies aquáticas invasoras;
– Promover a biodiversidade do solo, a regeneração da sua fertilidade e a sanidade vegetal;
– Promover o sequestro de carbono pelo solo.
EDIA – Departamento de Ambiente e Ordenamento do Território e Instituto da Soldadura e Qualidade (ISQ)