O potencial dos produtos florestais não lenhosos (PFNL) é vasto, em especial quando o tema em foco é a transição para a bioeconomia. O novo Livro Branco da FAO e do EFI, publicado em setembro de 2021, descreve a sua importância não apenas económica, mas também social, cultural e ambiental, o que leva a colocar estes produtos em lugar de destaque para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pelas Nações Unidas.
O potencial dos produtos florestais não lenhosos acaba por ser conhecido e valorizado, em parte porque o seu valor económico é difícil de calcular – consumo próprio, economia informal, muitos produtos não são rastreados, etc. Apesar desta dificuldade, o relatório estimou o valor dos PFNL recolhidos na Europa em 23 mil milhões de euros por ano (questionário pan-europeu realizado em 2015).
3,4 mil milhões são referentes à comercialização em mercados formais e informais, estimando-se que influenciem cerca de 10% dos rendimentos de 4,5 milhões de agregados familiares. Os PFNL são um complemento fundamental aos rendimentos, sobretudo para famílias mais vulneráveis, contribuindo ainda para a segurança, nutrição e até para fins medicinais, reforça o documento.
Na economia europeia, os PFNL representam 50% das importações globais (4,2 mil milhões de euros) e 40% das exportações (3,4 mil milhões de euros).
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