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13.07.2022

Primeira Escola da Floresta arranca em setembro, na Lousã

Primeira Escola da Floresta arranca em setembro, na Lousã

As portas da primeira Escola da Floresta do país abrem em setembro, na Lousã, pela mão do Instituto Politécnico de Coimbra. O novo pólo vai contar com cursos nos domínios da floresta e do fogo que vão enriquecer a oferta formativa a partir do início do próximo ano letivo (2022/23).

Com a nova Escola da Floresta na Lousã, o IPC – Instituto Politécnico de Coimbra coloca em ação o plano de descentralizar a formação para abranger um maior número de municípios da região.

Da oferta formativa faz parte uma pós-graduação em Análise de Incêndios e 12 cursos para microcredenciação em Formação Autónoma em Análise de Incêndios, previstos no âmbito do Plano Nacional de Qualificação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais.

A responsabilidade científica dos cursos está sob a alçada do IPC, que os leciona em parceria com vários organismos externos e empresas. Ambas as vertentes contam com a participação da UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, do ISA – Instituto Superior de Agronomia, do IPCB – Instituto Politécnico de Castelo Branco, da UÁ – Universidade de Aveiro, da ENB – Escola Nacional de Bombeiros, do ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, da AGIF – Agência de Gestão Integrada de Fogos Rurais, da Polícia Judiciária e do ForestWise – Laboratório Colaborativo para Gestão Integrada da Floresta e do Fogo.

 

Formação superior também em Operações Florestais

 

Em paralelo, estarão disponíveis o Curso Técnico de Ensino Superior em Operações Florestais e a pós-graduação em Inovação em Gestão das Operações Florestais que terão o envolvimento de duas unidades de ensino do IPC: a ESAC – Escola Superior Agrária e o ISEC – Instituto Superior de Engenharia.

Curso e pós-graduação contam ainda com o apoio do ICNF (via COTF – Centro de Operações e Técnicas Florestais) e de várias organizações do sector, como a The Navigator Company, a ALTRI, a SONAE-ARAUCO, o CENTRO PINUS, a REN, a e-REDES e a Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente.

De acordo com um comunicado do IPC, a duração das formações varia entre um semestre e um ano no caso das pós-graduações e dois anos no caso do curso técnico.

Com a constituição da Escola da Floresta, a instituição pretende formar profissionais de elevada competência e desempenho, contribuindo para “o aumento de competências que o país precisa”, como afirmou o presidente do IPC, Jorge Conde, na cerimónia pública da assinatura do protocolo de colaboração com a Câmara Municipal da Lousã. Na mesma cerimónia, o vice-presidente da Comunidade Intermunicipal da região de Coimbra (CIMRC), Luís Paulo Costa, refere-se à Escola da Floresta como um “hub para a floresta” e um exemplo de como a ciência aplicada e a academia se podem aproximar ao território, aumentando a sua resiliência perante os incêndios rurais.

A criação da Escola da Floresta é a primeira iniciativa do Politécnico de Coimbra na sequência do Programa Impulso, que junta diferentes entidades – câmaras municipais, empresas e instituições do sector social –, neste caso sob coordenação do IPC, da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra e da Câmara do Comércio de Indústria do Centro. Para o futuro está também previsto o alargamento das áreas de estudo ao turismo de natureza e de montanha, numa parceria com a Escola Superior de Educação de Coimbra, podendo ser envolvidas outras instituições de ensino.