O Governo quer preservar a floresta e plantar árvores, porque está preocupado com a concentração de dióxido de carbono e as alterações climáticas, mas, ao mesmo tempo, procura impedir a plantação de árvores de uma determinada espécie, esperando que espécies que ninguém quer plantar apareçam e se mantenham por milagre, num exercício de pura incoerência que se aproxima da esquizofrenia coletiva.
Evidentemente, não há racionalidade nestas políticas, que se explicam apenas por questões de ordem ideológica, nomeadamente por um preconceito contra o eucalipto. Trata-se de uma espécie que traz rentabilidade aos produtores florestais e ao país e que, por essa via se torna sustentável. Ou seja, qualquer exploração de eucalipto que seja rentável e produtiva é altamente protegida pelos seus proprietários e essa é a melhor forma de reduzir o risco de incêndio. Inclusivamente, a maioria dos produtores já possui um sistema de certificação para garantir uma gestão sustentável da floresta.
Por outro lado, o Governo implementou um conjunto de medidas destinadas à prevenção de incêndios florestais, nomeadamente a limpeza obrigatória das matas e o arrendamento compulsivo, que acabam por desencorajar os proprietários florestais em seguir esta via de investimento na floresta.