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14.11.2024

Votação da árvore portuguesa do ano 2025 até 11 de dezembro

Votação da árvore portuguesa do ano 2025 até 11 de dezembro

Decorre até 11 de dezembro de 2024 o período de votação para eleger a Árvore Portuguesa do Ano 2025. Em concurso estão 10 grandiosas árvores, de vários locais do país, várias delas já classificadas pelo seu “interesse público”. A vencedora irá representar o nosso país no Concurso Europeu “Tree of the Year”.

Entre as 10 candidatas a árvore portuguesa do ano 2025, os carvalhos são os mais representados, com nada menos do que cinco enormes e velhas árvores. Em concurso estão também duas oliveiras, duas figueiras e um cedro-dos-Himalaias:

  • O “Sobreiro centenário” (Quercus suber) do município de Santiago do Cacém, distrito de Setúbal, cujos ramos ligam o céu e a terra;
  • Outro Quercus suber igualmente provecto e conhecido como o “Sobreiro de São Geraldo”, junto à capela com o mesmo nome, em Estarreja, Aveiro;
  • O “Carvalho do Padre Zé” (Quercus faginea), na Freguesia de Reguengo do Fetal, Batalha, assim conhecido por ter sido comprado pelo clérigo para evitar que acabasse em lenha;
  • O “Carvalho de Calvos” (Quercus robur), em Póvoa de Lanhoso, Braga, que se diz ser o mais antigo da Península Ibérica ainda de pé, embora se encontre amparado;
  • A “Azinheira de Alportel” (Quercus ilex rotundifolia), com os seus troncos e copa enormes, em São Brás de Alportel, Faro;
  • A velhíssima “Oliveira da Senhora do Pópulo” (Olea europaea), de Proença-a-Nova, Castelo Branco, que se diz ter sido refúgio para a estátua da Nossa Senhora;
  • A ainda mais velha “Oliveira do Mouchão”, de Abrantes, Santarém, que já foi considerada a árvore mais antiga no país;
  • A “Figueira da Quinta Deão” que, tal como sugere o seu nome científico Ficus altissima, é alta e frondosa, em representação do Funchal;
  • A “Figueira dos Amores” (Ficus macrophylla), que sobressai na Quinta das Lágrimas, em Coimbra, pela extensão e forma dos seus ramos e raízes;
  • O Cedro-dos-Himalaias (Cedros deodara) que, com mais de 40 metros, se eleva nos Jardins da Casa Mateus, em Vila Real.

Já não é a primeira vez que algumas destas candidatas tentam a sua “sorte” no concurso nacional, sendo várias as que já disputaram o título em anos anteriores.

A eleição da grande vencedora é feita por votação pública, por e-mail, em https://portugal.treeoftheyear.eu/Vote. Neste processo de eleição, cada votante vai selecionar as duas árvores da sua preferência. De notar que os votos têm de ser confirmados através de e-mail enviado pela plataforma e só assim serão contabilizados.

Os votos que vão sendo atribuídos a cada árvore participante são dados a conhecer no mesmo site onde se vota, mas nos últimos cinco dias de votação tornam-se secretos para não revelar, logo à partida, qual será a vencedora.

A votação encerra dia 11 de dezembro, às 16h59, e a árvore portuguesa do ano 2025 será revelada a 17 de dezembro. Será então conhecida a representante nacional no concurso europeu, que decorrerá no primeiro trimestre de 2025.

Não foram ainda divulgadas as datas em que irá realizar-se a votação internacional, nem quando será revelada a árvore europeia vencedora. No entanto, após eleita, a árvore portuguesa do ano 2025 e as concorrentes dos vários países participantes serão dadas a conhecer no site https://www.treeoftheyear.org/.

Árvore portuguesa do ano 2025 será a oitava a disputar concurso europeu

Recorde-se que o concurso europeu “Árvore do Ano” foi oficializado em 2011 para destacar a importância das árvores no património natural e cultural da Europa. A iniciativa é organizada pela Environmental Partnership Association e procura destacar árvores com dimensões e formas únicas, de grande longevidade ou com histórias marcantes nas tradições e cultura dos locais onde se encontram.

Embora o concurso tenha começado com a participação de apenas cinco países, com o passar dos anos outros se foram juntando, como forma de sensibilizar os cidadãos para exemplares únicos do seu património natural. Nos últimos anos, têm sido entre 15 e 16 as nações e árvores representadas.

Portugal participa nesta iniciativa desde 2018, ano em que a UNAC – União da Floresta Mediterrânica aderiu ao concurso e passou a realizá-lo em Portugal. A árvore portuguesa do ano 2025 será, assim, a oitava candidata a representar o país neste certame europeu.

Conheça as sete árvores que já representaram Portugal, duas das quais conquistaram lugar no pódio:

  • Quarto lugar em 2024: “Camélia-japoneira” dos jardins centenários da Villa Margaridi, no centro de Guimarães.
  • Quinto lugar em 2023: “Eucalipto de Contige”, Viseu. Um Eucalyptus globulus enorme, com 13 metros de perímetro de tronco e 50 metros de altura.
  • Terceiro lugar em 2022: “Sobreira Grande”, em Vale do Pereiro, Arraiolos, com mais de 250 anos de história.
  • Sexto lugar em 2021: “Plátano do Rossio”, em Portalegre, com a sua enorme copa, de quase 40 metros, em forma de caramanchão.
  • Sexto lugar em 2020: “Castanheiro de Vales”, em Tresminas, Vila Pouca de Aguiar, fascinante pelo perímetro do seu tronco, de 14 metros.
  • Terceiro lugar em 2019: “Azinheira Secular do Monte Barbeiro”, em Mértola. Uma árvore impressionante pela sua copa enorme e amplamente ramificada.
  • Primeiro lugar em 2018: “Sobreiro Assobiador”, de Águas de Moura, Palmela. Com cerca de 240 anos, destaca-se pela dimensão da sua copa.