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Rega de precisão de sobreiros em modo de produção intensiva de cortiça

A produção mundial de cortiça tem vindo a diminuir. A amadia é considerada a cortiça rentável, com qualidade para a produção de rolhas, sendo obtida a partir do terceiro descortiçamento em sobreiros com mais de 40 anos. A redução, tanto na quantidade como na qualidade de cortiça poderá ter efeitos negativos na manutenção dos povoamentos.

A possibilidade de se poder extrair cortiça precocemente, respeitando o perímetro estipulado por lei para o primeiro descortiçamento, sem danos para a árvore, poderá melhorar a capacidade de resposta do mercado à procura do produto, favorecendo a fileira da cortiça (produtores, transformadores, compradores, meio rural e trabalhadores ligados ao sector).

Este Grupo Operacional pretende, através da transferência, aperfeiçoamento e monitorização de um conceito de gestão silvícola recentemente desenvolvido, demonstrar a oportunidade de rega a todos os envolvidos no consórcio, bem como aos demais intervenientes da fileira da cortiça.

 

Objetivos

Avaliar as respostas dos sobreiros jovens e adultos a diferentes tratamentos de rega (de superfície e em profundidade), com base na medição das taxas de crescimento, produção (calibre) e qualidade da cortiça.

– Conhecer a possibilidade de antecipar a produção de cortiça em novas plantações de sobreiros com fertirrega, de forma rentável;

– Avaliar o efeito da fertirrega na formação, produção e qualidade da cortiça utilizando plantações já existentes com sobreiros adultos ou em situação pré-desbóia;

– Apoiar processos de decisão informados, assim como o desenho e avaliação de políticas agroambientais;

– Partilhar e transferir conhecimento técnico-científico para a instalação de novos povoamentos de sobreiros, com recurso à fertirrega.

Serão monitorizadas diferentes áreas de experimentação, das quais cinco serão “ensaios piloto” e outras cinco serão áreas em escala de “produção comercial com fins lucrativos”. Irão ainda ser realizados testes de inoculação e produção de plantas melhoradas de sobreiro, germinadas em viveiros do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), de acordo com a metodologia desenvolvida pela Universidade Católica Portuguesa.

 

Equipa

Coordenado pela Universidade de Évora, tem como parceiros diversas Companhias e Sociedades Agrícolas e Herdades produtoras de cortiça, o INIAV-Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P., o ICNF-Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas I.P., a UNAC-União da Floresta Mediterrânica e a UCP-Universidade Católica Portuguesa.

 

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