É preciso levar a floresta aos jovens para conseguirmos levar os jovens à floresta. E numa altura em que a tecnologia está tão presente nas nossas escolas, conhecer esta plataforma é uma mais-valia tanto para alunos como professores.
A grande riqueza desta plataforma é que reúne um conjunto muito vasto de informações e conhecimentos sobre os ecossistemas florestais portugueses e outros temas relacionados, tal como nos foi apresentado na sessão. É uma boa fonte de pesquisa para as nossas aulas, permite a exploração de dados de forma acessível e desafia-nos a conhecer, valorizar e cuidar da floresta portuguesa. É também um ponto de partida para “sair da sala de aula” e ir visitar estes ecossistemas. Há alunos que têm o privilégio de os poderem visitar com os Encarregados de Educação, mas muitos, o que conhecem, é através de visitas de estudo organizadas pelas escolas (temos alunos que não conhecem o Parque Natural de Sintra Cascais, por exemplo).
A Escola tem por isso um papel de formação fundamental que deve ser exercido e aproveitado em vários domínios que não apenas os dos saberes curriculares. A formação de cidadãos ativos e responsáveis é um objetivo de todos. O conhecimento e a educação de cariz florestal dos nossos jovens e suas famílias ao longo de todo o percurso escolar é condição necessária para ser formada uma relação saudável e proveitosa com o meio ambiente no qual nos integramos e este é um princípio base para podermos respeitar a floresta e a natureza.
Depois da sessão questionámos os alunos sobre a organização e potencialidades desta plataforma e até sobre o tipo de pesquisas que podiam ser realizadas. A secção “Descobrir” é a preferida dos alunos. Lemos artigos como “As gigantes da floresta” ou “Qual é a árvore mais antiga de Portugal?”. Na secção “Saiba mais”, analisámos o artigo “Quais são os efeitos das alterações climáticas que já se fazem sentir?” e fizeram-se cálculos sobre as variações de temperatura ao longo do século. Na secção “Conhecer”, investigaram quais “as espécies florestais mais comuns na floresta portuguesa”.
Entre as opiniões recolhidas junto destes alunos do 5.º ano, há quem afirme “Fiquei com vontade de ir passear para a floresta depois da sessão”, “Gosto muito da parte Descobrir e vou voltar a ler alguns artigos com os meus pais” e quem diga “Acho que este site podia ser mais direcionado às crianças”; “Não sei muito bem como fazer pesquisas” ou “Gostei muito da sessão, mas acho que o índice devia ser mais claro para chegarmos mais rapidamente ao que procuramos”.
Uma vez que os conteúdos que estão a ser trabalhados com estes alunos já não estão relacionados com esta temática, ficará para o próximo ano letivo a exploração da plataforma de uma forma mais regular.