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04.12.2020

Plátano alentejano no concurso Árvore Europeia do Ano 2021

Plátano alentejano no concurso Árvore Europeia do Ano 2021

Tem 182 anos, está localizado no Rossio de Portalegre e é o maior plátano (Platanus hybrida) da Península Ibérica. É este o ilustre português que representará o país no concurso que vai eleger a Árvore Europeia do Ano 2021.

Uma copa de 37 metros de diâmetro, em caramanchão, e um tronco que precisa de cinco pessoas para o abraçar (sete metros de perímetro). Estas são algumas das características do plátano que, além de ser um ex-libris da cidade de Portalegre, irá representar Portugal no concurso que elege a Árvore Europeia do Ano 2021.

O “Bem-Amado”, como lhe chamam, arrecadou 2401 votos, sagrando-se vencedor da iniciativa nacional, pelo que, em fevereiro próximo, integrará o concurso europeu promovido pela EPA – Environmental Partnership Association. Será de novo a votação do público a determinar qual é a mais emblemática Árvore Europeia do Ano 2021.

“Pela primeira vez neste concurso nacional, foi eleita uma árvore ornamental, exótica em Portugal e que foi provavelmente introduzida por gregos ou romanos que a utilizavam devido à sua sombra”, refere em comunicado a UNAC – União da Floresta Mediterrânica, entidade promotora da iniciativa nacional. Com este número de votos, o “Bem-Amado” ultrapassou a velha Oliveira de Mouchão, localizada em Mouriscas, Abrantes, e considerada como a árvore mais antiga em Portugal, com uns provectos 3354 anos. Esta velha oliveira (Olea Europea) de tronco oco, mas porte majestoso, ficou em segundo lugar com 2213 votos.

Ainda no pódio nacional, com 1883 votos, ficou a Schotia (Schotia Speciosa) do Jardim Botânico da Ajuda, em Lisboa, que se pensa ser a única da sua espécie em jardins botânicos em todo o mundo. O exemplar, com uma ampla e baixa copa que convida a repousar sob a sua sombra, tem cerca de 180 anos e terá chegado a Portugal ainda há mais tempo – durante o século XVIII – em resultado de uma troca de sementes entre jardins botânicos.

Conheça as outras sete árvores portuguesas finalistas deste concurso no site nacional da iniciativa:

– Bela sombra |Ílhavo, Aveiro

– O Bravo do Pinhal do Rei | São Pedro de Moel, Marinha Grande, Leiria

Carvalho de Calvos | Calvos, Póvoa de Lanhoso, Braga

Castanheiro de Guilhafonso | Guilhafonso, Pêra do Moço, Guarda

– Tulipeiro dos Biscainhos | Braga

– Freixo Duarte D’ Armas | Freixo de Espada à Cinta, Bragança

– Tília do Solar dos Condes de Arnoso | Sameice, Seia, Guarda

 

Árvore Europeia do Ano 2021: quarta participação portuguesa

De recordar que Portugal participa neste certame desde 2018, sendo o Plátano do Rossio de Portalegre a quarta árvore portuguesa a integrar a competição europeia.

No ano de estreia, a árvore que representou o nosso país foi eleita como a vencedora europeia, uma honra que destacou o Sobreiro Assobiador, de Águas de Moura, já antes classificado como “Árvore de Interesse Público”.

Nas duas edições seguintes, as árvores portuguesas não conseguiram a mesma proeza, mas ainda assim a Azinheira de Mértola conquistou a “medalha de bronze” em 2019 e o Castanheiro de Vales arrecadou um sexto lugar em 2020.

Foto de topo © UNAC