A revista Forests, dedicada à silvicultura e à ecologia florestal, está a preparar um número especial sobre a aplicação de técnicas de biotecnologia em espécies florestais. A edição desta publicação científica internacional conta com dois especialistas portugueses da Universidade de Coimbra na qualidade de editores convidados. A chamada de artigos está já a decorrer.
O número especial da revista Forests evidencia a importância cada vez maior da biotecnologia na silvicultura, com técnicas que têm promovido, nos últimos anos, a melhoria da produtividade e adaptabilidade das espécies florestais. Estes avanços permitem aumentar a criação de valor para proprietários e para a indústria de base florestal, mas podem também ser um contributo para a preservação das florestas naturais (diminuindo a pressão sobre estas florestas como fonte de matéria-prima), para o sequestro de dióxido de carbono (CO2), para evitar a erosão do solo e para ajudar a evitar o abandono rural.
A revista Forest vai, por isso, promover a partilha do estado da arte em biotecnologia florestal, permitindo a investigadores publicar os últimos desenvolvimentos em áreas como a transformação genética, a genómica (ramo da genética que estuda o genoma completo de um organismo) e a produção de sementes sintéticas, entre outras. Os investigadores e stakeholders interessados em submeter os seus artigos para esta edição especial poderão fazê-lo até agosto de 2021.
A edição deste número especial, integrado na secção “Ecologia e gestão florestal” da revista, está a cargo de dois especialistas portugueses do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra – Jorge Canhoto e Sandra Correia –, que se juntam a Paloma Moncaleán, do centro de investigação e inovação Neiker, no País Basco.
A revista Forests (fator de impacte de 2.221) existe desde 2010, com uma abordagem internacional e interdisciplinar a temas relevantes da investigação em silvicultura. A par das edições especiais temáticas, a revista dedica as suas edições periódicas a temas como ecologia florestal, gestão e recuperação, economia florestal, sistemas silvícolas, genética, impacte das alterações climáticas nas florestas, biomassa e bioenergia, sequestro de carbono, modelação, florestas urbanas e gestão de incêndios rurais, entre outros.