Os povoamentos de sobreiro (Quercus suber) têm vindo a ser crescentemente afetados por incêndios nas últimas décadas. Após os incêndios, as árvores queimadas tornam-se mais vulneráveis, podendo ser colonizadas por insetos xilófagos (perfuradores da madeira), nomeadamente por xilomicetófagos (xilófagos que se alimentam de fungos), que por sua vez podem matar ou reduzir o vigor das árvores sobreviventes e dar origem a novas populações de pragas. Apesar da importância do tema, não existem estudos publicados sobre a dinâmica de insetos xilófagos em povoamentos de sobreiro queimados. Tendo em conta essa falta, foi iniciado um estudo para avaliação das dinâmicas das espécies de insetos potencialmente problemáticas num povoamento de sobreiro que ardeu em julho de 2013, na zona centro de Portugal.
– Melhorar o conhecimento sobre a ecologia do sobreiro (Quercus suber), mais concretamente sobre os efeitos do fogo e da gestão pós-fogo em povoamentos florestais desta espécie.
– Conhecer melhor a resistência e resiliência do sobreiro ao fogo, nomeadamente as relações entre o sucesso da recuperação pós-fogo e as práticas de gestão florestal (corte, desbastes, descortiçamento), ou ainda a presença de pragas e doenças (plátipo, xileboro, cobrilha e carvão do entrecasco).
CEABN – Centro de Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves, CEF – Centro de Estudos Florestais, INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Observatório do Sobreiro e da Cortiça (Câmara Municipal de Coruche), APFC – Associação de Produtores Florestais do Concelho de Coruche e Limítrofes.