Enzimas extremófilas para produtos derivados de madeira: da fábrica de celulose aos produtos de isolamento
Muitas técnicas de processamento de madeira precisam de condições extremas de calor e alcalinidade. O desenvolvimento de “enzimas transformadoras de madeira”, ativas em condições extremas de operação a partir de subprodutos de fábricas de papel, permitirá valorizar estes resíduos, e reduzir a utilização de produtos com base fóssil e materiais não renováveis.
– Desenvolver enzimas adaptadas a condições extremas de calor ou pH para aplicação no sector de conservação da madeira;
– Produzir, com a ajuda destas enzimas, fenóis derivados de lenhina e açúcares derivados de hemiceluloses, a partir de subprodutos de fábricas de papel e fazer a sua caracterização química;
– Obter novos materiais adesivos (substituindo derivados fósseis) para o fabrico de MDF (aglomerado de fibras de madeira de média densidade) ou poliuretanos (PU), assim como açúcares derivados de celuloses para serem usados como aditivos no fabrico de papel;
– Avaliar as condições técnicas, ambientais e socioeconómicas para a utilização destas enzimas no processo produtivo.
Liderada pelo Biological Research Centre (CIB), junta 11 entidades do sector das indústrias da madeira de 4 países europeus, estando Portugal representado pelo RAIZ e pela Navigator Company.