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Os subprodutos do sector florestal podem dar vida a novos materiais e produtos, numa lógica circular de reutilização que reduz o consumo de recursos primários. Além da biomassa residual da floresta, também os resíduos da indústria de base florestal e agroflorestal estão a encontrar novas formas de valorização. Conheça vários exemplos deste valor circular em Portugal.
Num mundo onde poucas são as zonas sem impactes da atividade humana, a definição de áreas naturais pode ser desafiante. Considerando as zonas com pouca ou nenhuma intervenção humana, a OCDE reportou que, em 2019, mais de metade do território dos países do mundo correspondia a áreas naturais e seminaturais, com maior expressão em países tropicais. Mas o que são áreas naturais, qual a sua importância e como têm evoluído?
Durante os últimos 30 anos, as florestas removeram cerca de um quarto das emissões anuais globais de dióxido de carbono, ajudando, assim, a mitigar os efeitos das alterações climáticas recentes. Em Portugal, os contributos da floresta têm sido positivos, exceto em anos de grandes incêndios: em 2019, cerca de 15% das emissões nacionais de Gases com Efeito de Estufa foram removidas pelas nossas florestas.
Até 2050, poderá haver mais plástico do que peixe nos oceanos. Este cenário reforça a urgência de encontrar alternativas aos plásticos, com materiais menos poluentes, de origem renovável e com elevada taxa de reciclagem, como os que provêm da floresta. Da próxima vez que for às compras, olhe para as embalagens para fazer uma escolha mais consciente.
A floresta portuguesa removeu da atmosfera mais de 10,4 megatoneladas de gases com efeito de estufa em 2019, o último ano com registos oficiais. Contabilizado ao preço médio das licenças de carbono europeias em leilão no mesmo ano, este carbono removido pela floresta representou mais de 257 milhões de euros.
Em plena Década das Nações Unidas para a Recuperação dos Ecossistemas, a ação global afigura-se mais urgente do que nunca. É necessário salvaguardar a biodiversidade e mitigar os efeitos das alterações climáticas, entre outros serviços dos ecossistemas, mas há muito por fazer e as metas globais estão longe de serem cumpridas. Um estudo recente demonstrou uma abordagem eficaz para maximizar os efeitos da recuperação: definir áreas prioritárias de intervenção.