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Vão começar a chegar ao mercado ainda em 2024 as primeiras embalagens de celulose moldada “made in Portugal” e as únicas no mundo provenientes de fibras de Eucalytpus globulus. Esta inovação é uma alternativa aos plásticos e esferovites de origem fóssil usados, por exemplo, para acondicionar refeições prontas na restauração ou vender carne e peixe frescos nos supermercados.
Portugal está envolvido em diversas vertentes da inovação florestal, com projetos multidisciplinares que cruzam áreas como a eletrónica, a mecânica, a computação, a silvicultura e a biotecnologia. Conheça alguns projetos que ilustram como a investigação nacional está a responder aos desafios da floresta e da sustentabilidade.
Enquanto as refinarias transformam petróleo em combustíveis e químicos, as biorrefinarias usam biomassa como matéria-prima e podem dar origem a uma gama mais alargada de produtos de base biológica, onde se incluem, além de bioenergia, alimentos, rações, materiais e químicos essenciais a dezenas de sectores de atividade.
Componente base dos tecidos vegetais, a celulose é valorizada desde meados do século XIX. Hoje, os seus derivados são considerados um supermaterial que, além de biológico, amplamente disponível e renovável, tem características únicas para apoiar a inovação sustentável em dezenas de sectores.
Os produtos de madeira têm um efeito multiplicador do carbono que é retido nas florestas e, tal como as próprias florestas e quem as faz crescer, precisam de ser reconhecidos como parte das soluções de base natural para enfrentar as alterações climáticas. Quem o diz é Mark Wishnie, diretor de Sustentabilidade do BTG Pactual, Grupo de Investimentos que gere mais de 1,3 milhões de hectares de plantações florestais no continente americano.