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Além de ser uma perturbação natural dos ecossistemas, o fogo é há muito uma ferramenta usada na agricultura, pastagens e florestas. Igualmente antiga é a legislação sobre o uso do fogo. Conheça o percurso das penalizações, restrições e normas criadas para prevenir a ameaça associada ao fogo, com a ajuda do Estudo Técnico “O Uso do Fogo em Portugal – tradição e técnica” neste artigo escrito em colaboração com a estudante Mariana Carvalho.
O fogo é um processo ecológico que molda a paisagem há milhares de anos, estando o uso do fogo tradicionalmente associado à agricultura, pastagem e florestas. Considerado hoje por muitos como um agente de destruição, o fogo, apoiado por técnicas consolidadas, continua a desempenhar um papel relevante, nomeadamente na prevenção de incêndios. Fique a conhecer mais sobre este tema neste artigo escrito em colaboração com a estudante Mariana Carvalho.
As florestas têm um papel importante no ciclo hidrológico e na proteção contra a erosão e a degradação do solo. No entanto, as perturbações derivadas das alterações climáticas estão a afetar a sua resiliência. O projeto europeu “LIFE Resilient Forests” tem como principal objetivo desenvolver uma ferramenta de apoio à gestão florestal integrada ao nível da bacia hidrográfica para promover ecossistemas e florestas mais resilientes. Conheça o caso de estudo nacional do projeto, neste artigo em colaboração com Maria Gonzalez e Miguel Almeida.
2003, 2005 e 2017 foram os anos dos mais severos incêndios rurais e contribuíram para que a área ardida em Portugal fosse das maiores da Europa nas duas últimas décadas. Para além de refletirem mudanças na utilização do espaço rural, estes registos estão diretamente relacionados com condições meteorológicas extremas.
No Parque Natural de Montesinho, o projeto HabMonte está a melhorar áreas degradadas e a transformar a paisagem, aumentando também a resiliência a incêndios rurais. Mas não só: a partir da recuperação de lameiros e da gestão de áreas florestais, criam-se novas condições para o lobo-ibérico, mais valor para as populações e maior proteção da biodiversidade, entre outros contributos.
Em 45 anos registaram-se 42 incêndios rurais na freguesia de Alvares. A maior parte da área ardida resultou de grandes incêndios. O passado recente veio reforçar que o risco de grandes incêndios é elevado, mas não inevitável. Entre 2017 e 2018, um projeto-piloto demonstrou que há várias estratégias possíveis para que o território de Alvares aumente a resiliência ao fogo ao longo das próximas décadas. Conheça este caso de estudo.