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Os subprodutos do sector florestal podem dar vida a novos materiais e produtos, numa lógica circular de reutilização que reduz o consumo de recursos primários. Além da biomassa residual da floresta, também os resíduos da indústria de base florestal e agroflorestal estão a encontrar novas formas de valorização. Conheça vários exemplos deste valor circular em Portugal.
Conhecer, selecionar e conjugar as características mais valorizadas das árvores é o que procura fazer o melhoramento genético florestal. O seu propósito é criar gerações de árvores mais bem-adaptadas e produtivas, o que ajuda, por exemplo, a dar resposta à procura crescente de matérias-primas de base florestal. Filipe Costa e Silva explica-nos alguns conceitos essenciais.
O montado de sobro tem vindo a perder vitalidade nas últimas décadas, com mortalidade e redução da produção de cortiça. O projeto “GEOSUBER – Monitorização do montado” vem simplificar a identificação das árvores secas e procura dar resposta a outros desafios da gestão e revitalização do montado. Conheça quais neste artigo em colaboração com Conceição Santos Silva.
Descobriu-se recentemente que há mais de oito mil anos, em pleno período neolítico, partes das árvores eram usadas para criar tecidos entrançados. Hoje, a floresta volta a desempenhar um papel central na indústria têxtil, graças aos seus materiais de origem natural, renováveis e com menor impacte ambiental.
As características da cortiça, aliadas à inovação num sector que se tem vindo a reinventar, levam a que esta matéria-prima esteja hoje presente em inúmeras soluções “made in Portugal”, para o consumidor final e para as indústrias. A investigação em aglomerados compósitos – nos quais este material da floresta é combinado com outros – continua a alargar o potencial de novas aplicações de cortiça.
Como matéria-prima, a madeira de eucalipto serve principalmente para produzir pasta de papel e papel. A estas aplicações já consolidadas, de que Portugal foi pioneiro, juntam-se hoje muitas outras, que vão da indústria alimentar aos bioplásticos e biocombustíveis. Conheça aqui algumas das inovações que mantêm Portugal na linha da frente dos biomateriais derivados do eucalipto.