GO SOLO ---

Promoção de práticas agrícolas conservadoras do solo através da demonstração, expedita e a baixo custo, do seu impacto na matéria orgânica

A sustentabilidade da produção agrícola e florestal passa pela valorização direta de serviços ambientais, como a remuneração carbono sequestrado pelo solo. O Fundo Português de Carbono apoiou alguns projetos pioneiros no desenvolvimento e implementação de sistemas de pagamento de serviços ambientais. Um deles promoveu o sequestro de carbono no solo através da sementeira de pastagens permanentes biodiversas e ricas em leguminosas, que além de serem mais produtivas, são também uma estratégia para a mitigação e adaptação aos efeitos das alterações climáticas.

Nesse projeto, vários agricultores foram remunerados pela sementeira de 50 mil hectares destas pastagens biodiversas, que sequestraram cerca de 1 milhão de toneladas de CO2. O potencial de sequestro deste sistema, quando corretamente gerido, provém da sua produtividade e do potencial de aumento do nível da matéria orgânica no solo. Contudo, a monitorização da matéria orgânica do solo (essencial para calcular o sequestro de carbono) é uma prática demorada e onerosa, não havendo ainda uma forma sistemática e de baixo custo que permita fazer avaliações em grandes áreas.

 

Objetivos

– Promover conhecimento relativo ao solo, para aumentar a eficácia da gestão numa perspetiva de caracterização e potenciação dos serviços ambientais gerados;
– Criar uma abordagem metodológica que reduza o custo de obtenção de informação sobre teores de matéria orgânica no solo, para que possa ser considerada na gestão;
– Desenvolver um método expedito para amostragem e análise da matéria orgânica do solo;
– Produzir cartografia de variação interanual da matéria orgânica no solo em pastagens biodiversas a partir do método desenvolvido no projeto;
– Estudar a relação entre as práticas de gestão das pastagens biodiversas e os teores de matéria orgânica do solo;
– Divulgar o impacte quantificado das práticas sobre a matéria orgânica do solo.

 

Equipa

Liderada pela Terraprima – Serviços Ambientais, conta com a participação do INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Universidade de Évora, CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal, Fundação Eugénio de Almeida e várias Herdades, Sociedades Agrícolas e proprietários.

 

Mais informação sobre o projeto GO SOLO