ShareFOREST ---

Partilhar as decisões nas florestas – metodologia participativa para o envolvimento do público e dos atores sociais na proteção e valorização das florestas em Portugal

Os incêndios rurais de 2017 desencadearam um debate alargado sobre as futuras decisões e ações de recuperação e valorização das florestas portuguesas. Apesar da gestão florestal sustentável ser um pilar nas políticas públicas em Portugal, os processos de decisão são ainda tradicionais, de caráter centralizado e têm evidenciado limitações na inclusão das necessidades dos diversos atores sociais e na promoção do valor global da floresta.

Esta realidade torna essencial desenvolver modelos de governação para as florestas que promovam o envolvimento do público e dos atores sociais nos processos de tomada de decisão, que reforcem a governança territorial e que estimulem a mudança de valores, atitudes e comportamentos face à proteção e valorização das florestas.

A participação do público e dos atores sociais nas decisões que afetam as florestas pode contribuir para reduzir conflitos, aumentar a confiança e facilitar a aprendizagem entre as diversas partes. No contexto português, onde os fogos rurais têm atingido proporções dramáticas, o envolvimento dos cidadãos na recuperação das Matas Nacionais do Litoral Centro (Matas do Litoral) e na prevenção de futuros incêndios constituem-se como excelentes oportunidades para restabelecer a ligação das comunidades locais às florestas. Estas oportunidades passam por uma mudança de paradigma nos processos de decisão e um aumento da cultura de participação pública, assim como por uma avaliação dos reais impactes dos processos de participação.

 

Objetivos

– Reforçar os princípios de governança territorial para prevenir futuros incêndios;
– Desenvolver e operacionalizar uma metodologia participativa para promover a codecisão na gestão e ordenamento das florestas;
– Reforçar a mobilização dos atores sociais na proteção e dinamização das Matas do Litoral;
– Promover o desenvolvimento de uma agenda para o debate público sobre florestas e fogos rurais em Portugal;
– Assegurar investimentos privados na instalação de novos povoamentos de espécies autóctones em áreas de minifúndio.

 

Equipa

Liderada pela UA – Universidade de Aveiro, conta com a colaboração do IPLeiria – Instituto Politécnico de Leiria e da organização não-governamental ambiental OIKOS.

 

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