Comentário

Célia Amaral

Aprender para melhorar as florestas e o ambiente: um desafio que pode (e deve) começar na escola

A partilha de informação sobre as nossas florestas e tudo o que nos proporcionam é essencial para sabermos como podemos atuar e envolver-nos, contribuindo para melhorar as florestas e o ambiente. E este é um desafio que pode começar na escola. Aconteceu em Montemor-o-Novo.

O meio ambiente é um assunto muito relevante no nosso dia a dia; um tema cada vez mais importante numa sociedade habituada ao consumo excessivo e à exploração não sustentável dos recursos naturais.

Precisamente por isso, e no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, foi com muita satisfação que desafiámos a Plataforma Florestas.pt para uma palestra com o intuito de informar e sensibilizar os alunos da faixa etária entre os 12 e 16 anos, do Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo.

Porquê a palestra ambiental? O objetivo seria discutir assuntos que envolvessem questões ambientais do mundo, mas sobretudo de Portugal – “pensar local”. E foi precisamente isso que as representantes do Florestas.pt fizeram, compartilhando conhecimentos técnicos com a preocupação de adequar a linguagem e abordagem à faixa etária dos alunos a quem se destinava: oitavos anos. A prestação deste serviço à comunidade foi um bom exemplo da importância de estabelecer pontes entre diferentes instituições.

 

Parece-nos muito importante a possibilidade de dispor de informação de qualidade e atual. Ela ajuda-nos a saber o que podemos fazer ou como podemos contribuir para melhorar as florestas nacionais e usar conscientemente os seus recursos.

 

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O dia não foi escolhido por acaso: 24 de novembro. No dia anterior celebrara-se o Dia da Floresta Autóctone, e foi esse, então, o mote para desenvolver o Tema “Importância, Valores e Desafios da Floresta Portuguesa”. Foi com entusiasmo que os alunos da Escola EB23 de S. João de Deus se deslocaram à Escola Secundária de Montemor-o-Novo, para assistir à palestra, que os desafiou a conhecer, pensar com mais empatia sobre a floresta e esclarecer alguns preconceitos. Relevante também, foi a proximidade com a equipa do Florestas.pt, que ao partilhar o seu percurso profissional, foi motivo de inspiração para os alunos.

Daqui resultou uma maior consciência sobre como potencializar os recursos que a floresta portuguesa nos oferece, na perspetiva do equilíbrio entre o uso consciente e a sua preservação. Os alunos gostaram da plataforma Florestas.pt, não só pela sua utilidade para os estudos, mas também pela estrutura, acessibilidade, variedade de temas, atualidade e imagens.

Aproveitando a informação que as profissionais convidadas forneceram foi possível e relevante pedir, posteriormente, aos alunos, que realizassem trabalhos criativos com o tema “os resíduos florestais”, depois expostos na Biblioteca Escolar, da Escola Básica S. João de Deus de Montemor-o-Novo.

Nestes trabalhos transparece a diversidade de materiais provenientes das árvores, a sua beleza e a facilidade com que, com imaginação, os podemos utilizar para vários fins, aproveitando a riqueza de cores, aromas e texturas. Interessante a possibilidade de, através desta experiência, despertar a curiosidade, convidando os alunos explorarem novas formas de aprender e se envolver com a realidade concreta que os rodeia.

O Autor

Célia Maria Martins Fernandes Amaral é professora na Escola Básica S. João de Deus. Concluiu a licenciatura em Geografia em 1989, e, desde então, não mais parou nesta arte de ensinar e aprender. Nas várias ações que frequentou quis tocar um pouco de tudo, desde a área científica, à cultura e artes, direitos humanos, o ambiente e a sustentabilidade, e o Ser Humano na sua componente mais profunda.