Atualmente, a conjugação de diferentes metodologias (tradicional baseada na genética quantitativa e ligada à genética molecular) do melhoramento genético são uma aliança que favorece positivamente o seu desenvolvimento e assim dão resposta mais célere ao(s) nosso(s) objetivo(s). Alicerçada na essência das noções básicas de Darwin da Teoria da Evolução, com o posterior trabalho de Mendel, onde se fala pela primeira vez de genes, é possível transportar um conhecimento, que não é hermético desta ciência, para o sector produtivo da economia, melhorando os seus produtos.
Contudo, há a necessidade de equilibrar o melhoramento genético com a conservação da variabilidade genética, pois só assim será possível assegurar o futuro. Dito de outra forma, o melhoramento genético assenta na diversidade e, caso esta falhe, tudo estará condenado.
Nos dias de hoje, ele possibilita, ainda mais, incrementar a produtividade e adaptabilidade das espécies florestais e com ela saciar (ou tentar saciar) as necessidades da economia a jusante (indústrias e empresas), possibilitando, assim, o aumento dos fatores de produção (destacando-se o emprego) e criando riqueza nas respetivas cadeias de valor. Reforço: Não devemos ter somente uma visão idílica deste tema, já que a variabilidade é uma riqueza que jamais deverá ser esquecida. Só com uma base de diversidade razoável poderemos caminhar para um futuro, com um progresso sustentável.
A caracterização da diversidade dentro das várias espécies poderá ajudar a resolver alguns dos problemas existentes nas florestas, já que, aliando as metodologias do melhoramento genético com o acervo existente, será mais provável encontrar soluções para os desafios atuais, como é o caso das pragas e doenças, que despoletam com uma rapidez crescente.
Dito isto, não devemos esquecer que a seleção de indivíduos melhorados para uma determinada característica, poderá não ser eficiente para uma outra característica desejada – por exemplo, indivíduos resistentes a uma praga, poderão não ser resistentes a outro problema. Por essa razão, friso a necessidade do equilíbrio entre a diversidade e a especialização, para ser possível manter os fatores de competitividade do sector.
Para rematar, deixo-vos uma constatação: Um cão de raça é um ser sensível e, muitas vezes, de curta longevidade; por outro lado, um cão rafeiro é mais robusto e tem grande longevidade.