Notícias e Agenda

06.12.2019

Castanheiro de Vales é a Árvore do Ano 2020 em Portugal

Castanheiro de Vales é a Árvore do Ano 2020 em Portugal

O volumoso tronco impressiona quase tanto como a idade deste castanheiro muito peculiar. Com cerca de mil anos, o Castanheiro de Vales, em Tresminas (Vila Pouca de Aguiar) é o grande vencedor do concurso Árvore do Ano 2020.

1851 votos foram suficientes para eleger o Castanheiro de Vales como a Árvore do Ano 2020 em Portugal, um concurso organizado pela UNAC – União da Floresta Mediterrânica. Com uma altura de 21 metros e um perímetro de tronco de 14 metros, o castanheiro é o cenário ideal para brincadeiras de crianças e alvo de admiração por quem por ele passa.

Apesar de estar em propriedade privada, “o seu proprietário convida todos os que por lá passam a entrar no terreno e contemplar o motivo do seu orgulho”, indica a organização do concurso.

O pódio de vencedores nacionais conta ainda com a Oliveira do Mouchão (1494 votos), considerada a árvore mais antiga de Portugal, e com a Canforeira de Bencanta (1252 votos), árvore centenária localizada na Escola Superior Agrária de Coimbra.

Tanto o castanheiro (Castanea sativa), como a oliveira (Olea Europea L.) e a canforeira (Cinnamomum camphora) estão classificadas como “Árvores de Interesse Público” pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

 

Próxima fase: o concurso europeu

O Castanheiro de Vales vai agora competir com as árvores vencedoras de outros países pelo título europeu de Tree of the Year 2020. Este concurso europeu terá lugar no início do próximo ano e, tal como na fase nacional, os vencedores são ditados pelos votos online do público.

Ambas as fases da Árvore do Ano – nacional e europeia – pretendem contribuir para realçar a ligação emocional entre comunidades e árvores, bem como a sua importância para o património natural e cultural.

 

Vencedores anteriores

O concurso Árvore do Ano foi organizado em Portugal pelo terceiro ano consecutivo. De recordar que, na edição de 2018 (ano em que Portugal se estreou na competição), o sobreiro assobiador de Palmela foi distinguido como a Árvore Europeia do Ano. Na edição do ano passado, a azinheira secular de Mértola foi a vencedora nacional e ficou em terceiro lugar na final europeia.

De acordo com o regulamento do concurso, a seleção das finalistas a árvore portuguesa do ano tem por base critérios biológicos (idade, rara ocorrência na região, habitat fora do comum), estéticos (beleza da árvore ou do conjunto do arvoredo, considerando porte, cor e paisagem envolvente), históricos (referências à arvore em lendas ou tradições locais; presença em edifício histórico ou num feito importante) e critérios relativos à sua dimensão (altura, grossura do tronco, tamanho da copa ou forma peculiar, por exemplo).