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Revitalizing semi-arid extensive farming habitats through the sustainable management of their associated scrubs areas

Revitalizing semi-arid extensive farming habitats through the sustainable management of their associated scrubs areas

Parte da biodiversidade europeia está ligada a práticas agrícolas tradicionais. Os ecossistemas agrícolas representam 38% da superfície total da rede Natura 2000 e a maior parte foi resultado de sistemas de agricultura extensiva. De facto, 58 tipos de habitat (23 dos quais considerados prioritários) da diretiva Habitats são típicos de zonas agrícolas e um terço destes estão dependentes das práticas agrícolas como pastoreio de gado, sistemas de pastagens permanentes ou mobilizações pouco intensas do solo.

Um bom exemplo deste tipo de habitats são os montados/dehesas (habitats 6310, 9330, 9430), característicos da Península Ibérica (cerca de 3 milhões de hectares em Portugal e Espanha) mas presentes também em Itália e França.

O estado de conservação destes ecossistemas foi classificado repetidamente como desfavorável, principalmente devido aos efeitos da intensificação da utilização por parte do gado e a problemas fitossanitários nos seus povoamentos envelhecidos. Um dos elementos principais para a conservação e saúde dos montados/dehesas são os matos, mas estes têm sido erradicados em muitas explorações extensivas.

Matos estruturalmente diversos têm um papel importante na diversificação da paisagem e na criação de habitats para muitas espécies: refúgio para vertebrados, áreas de nidificação para aves e locais de hibernação para anfíbios e répteis. Os matos também contribuem para a estabilidade e funções do solo, entre outros benefícios ambientais e socioecónomicos. Assim, os matos devem fazer parte dos modelos de gestão sustentável dos montados/dehesas, especialmente em zonas de elevada biodiversidade da rede Natura 2000.

Objetivos

– Proteger, regenerar e criar áreas de matos em zonas de montado e dehesas (quatro zonas piloto na Extremadura, Andaluzia e Alentejo) para melhorar a biodiversidade e produtividade segundo um modelo de gestão integrado;
– Implementar medidas de conservação específicas para espécies ameaçadas, incluídas na diretiva Habitats e existentes em áreas de matos em montados/dehesas;
– Melhorar a regeneração de carvalhos em montados/dehesas (Quercus suber, Q. ilex, Q. rotundifolia, Q. coccifera e Q. faginea), que se encontrem envelhecidos;
– Melhorar a saúde do solo e a promoção de barreiras naturais contra pragas e doenças através da gestão de áreas de matos;
– Demonstrar o impacte positivo das ações na biodiversidade, solo e indicadoress socioeconómicos;
– Melhorar políticas e programas para a conservação sustentável de montados/dehesas em zonas da rede Natura 2000 e como elementos de conectividade entre locais Natura 2000;
– Replicar e publicitar os resultados do projeto.

Equipa

Coordenada por Innogestiona Ambiental, Espanha, integra 11 entidades de Espanha, Itália e Portugal, que se encontra representado pela UE – Universidade de Évora

 

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