Incêndios Rurais
O índice de risco de incêndio florestal, que é disponibilizado pelo IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera, resulta da combinação de dois índices: o índice meteorológico de perigo de incêndio florestal (FWI) e a Perigosidade de Incêndio Florestal.
O FWI (Fire Weather Index) permite estimar o perigo de incêndio, a partir de seis índices que quantificam os efeitos da humidade dos combustíveis e do vento no comportamento do fogo. É calculado diariamente pelo IPMA com dados de temperatura, humidade relativa, velocidade do vento e precipitação acumulada nas últimas 24 horas.
A perigosidade de incêndio florestal indica a probabilidade de um local ser afetado por um incêndio e depende da ocupação do solo, do declive e das áreas ardidas. As cartas de perigosidade são atualizadas anualmente pelo ICNF.
Com base nos valores diários de FWI e das classes de perigosidade, calcula-se o risco de incêndio florestal usando uma matriz de ponderação. O valor é depois divulgado pelo IPMA.
Fonte: Metodologia de Cálculo do Índice de Risco de Incêndio Florestal (RCM), IPMA
Fogo
Nos últimos anos, tem aumentado o número de grandes incêndios que atingem as áreas rurais. Pela dimensão e intensidade do fogo, esta nova geração de incêndios dá origem a áreas ardidas mais extensas, com impacte socioeconómico significativo e perda de vidas.
Fogo
2003, 2005 e 2017 foram os anos dos mais severos incêndios rurais e contribuíram para que a área ardida em Portugal fosse das maiores da Europa nas duas últimas décadas. Para além de refletirem mudanças na utilização do espaço rural, estes registos estão diretamente relacionados com condições meteorológicas extremas.