Tema
Terrenos abandonados ou marginais podem contribuir para a valorização do património natural se forem geridos de forma ativa e responsável. Foi esta a premissa que, em 2014, motivou a fundação da MONTIS. 10 anos depois, a associação gere cerca de 300 hectares e envolve centenas de voluntários em torno da sua principal missão: “produzir” biodiversidade.
O ensino dos conhecimentos e técnicas florestais começou no século XVIII, mas muito mudou desde então. A silvicultura – ciência e engenharia florestal – tem hoje objetivos amplos e coloca, a quem segue esta área de estudo e trabalho, desafios e oportunidades que muitos desconhecem. Pedro Barcik ajuda a desvendá-los.
A diversidade genética de uma espécie resulta dos processos evolutivos que a influenciaram ao longo de milhares de anos, em diferentes locais e condições ambientais. Desta diversidade traçada pelo passado depende também a sua futura capacidade adaptativa. Conhecer a diversidade genética de uma população, que constitui a matéria-prima dos programas de melhoramento genético florestal, é uma tarefa complexa e demorada, que Carla Faria nos ajuda a compreender.
As plantas e árvores geneticamente melhoradas para um determinado fim dão resposta à crescente procura por matérias-primas naturais, nomeadamente lenhosas – madeira e fibras –, mas há desafios do melhoramento genético a ter em conta para que os seus benefícios sejam relevantes e sustentáveis. Filipe Costa e Silva ajuda-nos a conhecer alguns.
Os produtos de madeira têm um efeito multiplicador do carbono que é retido nas florestas e, tal como as próprias florestas e quem as faz crescer, precisam de ser reconhecidos como parte das soluções de base natural para enfrentar as alterações climáticas. Quem o diz é Mark Wishnie, diretor de Sustentabilidade do BTG Pactual, Grupo de Investimentos que gere mais de 1,3 milhões de hectares de plantações florestais no continente americano.
Apesar das florestas ocuparem mais de um terço do território português, há falta de madeira para dar resposta às necessidades das empresas que dela dependem como principal matéria-prima, o que implica compras anuais ao exterior. O aumento da produtividade florestal é parte da solução para colmatar esta carência.