Tema
A diversidade genética de uma espécie resulta dos processos evolutivos que a influenciaram ao longo de milhares de anos, em diferentes locais e condições ambientais. Desta diversidade traçada pelo passado depende também a sua futura capacidade adaptativa. Conhecer a diversidade genética de uma população, que constitui a matéria-prima dos programas de melhoramento genético florestal, é uma tarefa complexa e demorada, que Carla Faria nos ajuda a compreender.
As plantas e árvores geneticamente melhoradas para um determinado fim dão resposta à crescente procura por matérias-primas naturais, nomeadamente lenhosas – madeira e fibras –, mas há desafios do melhoramento genético a ter em conta para que os seus benefícios sejam relevantes e sustentáveis. Filipe Costa e Silva ajuda-nos a conhecer alguns.
Conhecer, selecionar e conjugar as características mais valorizadas das árvores é o que procura fazer o melhoramento genético florestal. O seu propósito é criar gerações de árvores mais bem-adaptadas e produtivas, o que ajuda, por exemplo, a dar resposta à procura crescente de matérias-primas de base florestal. Filipe Costa e Silva explica-nos alguns conceitos essenciais.
Apesar das florestas ocuparem mais de um terço do território português, há falta de madeira para dar resposta às necessidades das empresas que dela dependem como principal matéria-prima, o que implica compras anuais ao exterior. O aumento da produtividade florestal é parte da solução para colmatar esta carência.
Existe uma grande variedade de solos em Portugal, embora predominem os solos pobres e pouco profundos, nos quais o crescimento vegetal tem limitações. A sua fertilidade pode, no entanto, ser melhorada por práticas de gestão adequadas que, além de apoiarem a produtividade vegetal (agrícola e florestal), devem ter em conta a necessidade de equilíbrio e de preservação deste sistema natural.
O estudo do solo como ciência – a pedologia – iniciou-se em Portugal há menos de um século e deu a conhecer a complexidade deste sistema estrutural, antes encarado como mera superfície para a produção vegetal. Conheça como evoluiu e o que nos revela a cartografia do solo.