Gestão integrada da Cobrilha da Cortiça
As pranchas de cortiça com ataques de cobrilha da cortiça (Coraebus undatus) não têm aproveitamento para fazer rolha natural, que é o principal produto valorizado pela indústria. Isto faz com que cortiça com cobrilha tenha um valor de mercado inferior. Uma análise feita aos defeitos da cortiça mostrou que a maioria se tem mantido em valores abaixo dos 5% desde 2002. Uma das exceções são os defeitos causados pela cobrilha, que passou de uma intensidade média de ataque de 15% em 2002 para 40% em 2013/2015, com perdas estimadas em Portugal de cerca de nove milhões de euros por ano.
– Mapear a ocorrência/incidência da cobrilha da cortiça em função das características dos povoamentos, das árvores e do seu estado fisiológico, para definir medidas preventivas ou de controlo.
– Criar modelos de probabilidade de risco para a área de distribuição do sobreiro e identificar as variáveis mais determinantes para a sua presença.
– Desenvolver estratégias para diminuir os níveis de ataque da cobrilha da cortiça.
– Identificar os inimigos naturais que possam ser agentes bióticos de controlo da cobrilha.
– Desenvolver novas metodologias e informação técnica para detectar a cobrilha antes da remoção da cortiça como medida de apoio à decisão.
– Desenvolver armadilhas para monitorizar e capturar a cobrilha, determinando também a densidade das populações.
– Promover os serviços ambientais prestados pelas aves insectívoras e o seu valor como controladoras de pragas florestais.
UNAC – União da Floresta Mediterrânica, INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Universidade de Évora, Amorim Florestal, Companhia das Lezírias, Herdade do Pinheiro.