Biodiversidade
O The Living Planet Index é um indicador de condição da biodiversidade global, baseado nas tendências populacionais de espécies de vertebrados de habitats terrestres, aquáticos e marinhos.
Também conhecido pela sigla LPI, o The Living Planet Index começou por seguir mais de 21 mil populações de 4773 espécies de mamíferos, aves, peixes, répteis e anfíbios em todo o mundo, registando a tendência de alteração nessas populações. E 2024, segue quase 35 mil tendências populacionais de 5495 espécies de vertebrados, incluindo anfíbios, aves, peixes, mamíferos e répteis.
O The Living Planet – LPI não é um censo de todas as espécies existentes, mas sim uma avaliação da percentagem média de alteração na dimensão de algumas populações monitorizadas. Os resultados são publicados a cada dois anos no WWF’s Living Planet Report (LPR).
Os resultados do Living Planet Report de 2020 mostram que no período entre 1970 e 2016, a abundância média das populações globais das espécies monitorizadas diminuiu 68%. Já os resultados de 2024 deste mesmo relatório indicam um declínio de 73% entre 1970 e 2020. Nestes 50 anos, as populações de água doce foram as que registaram os maiores declínios, com uma redução de 85%, seguidas pelas populações terrestres (69%) e marinhas (56%).
Este índice começou a ser desenvolvido em 1997, pela organização não governamental WWF – World Wildlife Fund, em colaboração com o Centro Mundial de Monitoração da Conservação do Programa Ambiental da ONU (UNEP-WCMC). Foi publicado pela primeira vez em 1998. Desde 2006, a Sociedade Zoológica de Londres (ZSL) gere o The Living Planet ou LPI em conjunto com o WWF.
Embora sujeito a algumas críticas, por não ser representativo de todas as espécies conhecidas e também por ser uma medida da variação da dimensão média das populações das espécies acompanhadas, o The Living Planet Index foi adotado pela Convenção Sobre Diversidade Biológica (CBD) como indicador do progresso das metas de biodiversidade (na altura, para avaliar o progresso relativamente às metas de Aichi para 2020).
Biodiversidade
Dos valores naturais, ao abrigo de múltiplas espécies de fauna e flora, as florestas são verdadeiras reservas de biodiversidade. Em Portugal, os habitats naturais da rede Natura 2000 com interesse prioritário de conservação vão desde os matagais de loureiro na serra de Monchique aos zimbrais nas dunas da Figueira da Foz. Apesar da sua importância, a maioria das áreas identificadas como zonas de interesse comunitário encontra-se em estado inadequado de conservação.
Biodiversidade
A noção de que o número de espécies tem vindo a reduzir-se, de que há inúmeras em risco de extinção e de que é preciso salvaguardá-las fez da biodiversidade um conceito usado repetidamente. Esta palavra, que surgiu apenas em 1985, tem ganho relevância nos últimos tempos, mas será que sabemos o que significa e temos consciência da sua verdadeira importância?