Floresta Portuguesa
As espécies invasoras são as maiores ameaças à floresta Laurissilva. Põem em causa o seu equilíbrio e futuro ao criarem focos de substituição da flora indígena, principalmente no limite inferior da floresta.
O maracujá-banana (Passiflora molissima), o falso-plátano (Acer pseudoplatanus) e várias acácias são exemplos de espécies que representam ameaças à floresta Laurissilva, pois impedem o desenvolvimento normal das espécies autóctones, pelo que são alvo de ações de controlo.
Tal como no continente, a floresta da Madeira teve períodos de expansão e recuo da sua área. Desde o século XV, altura do início do seu povoamento, que os ciclos económicos e agrícolas, especialmente a cultura da cana-de-açúcar, levaram à destruição de área florestal. A recolha de madeira para a construção (vinhático – Persea indica, til – Ocotea foetens e cedro-da-madeira – Juniperus cedrus subsp. maderensis) e para combustível (carvão de urze) e a utilização agrícola, vinícola, hortícola e frutícola deixaram a ilha da Madeira desarborizada e obrigaram a florestações, tendo sido introduzidas várias espécies.
Os pinheiros (pinheiro-bravo – Pinus pinaster, pinheiro-de-alepo – Pinus halepensis e pinheiro-silvestre – Pinus sylvestris) começaram a ser usados no século XV, mas a sua plantação acentuou-se no início do século XIX, juntamente com outras espécies como castanheiros, amoreiras ou acácias. No século XX prosseguiu a introdução de pinheiros, o Chamaecyparis lawsoniana, e a pseudotsuga (Pseudotsuga menziesii).
Algumas das exóticas introduzidas apresentam carácter invasor, como é o caso da acácia (Acacia mearnsii), da árvore-do-céu (Ailanthus altissima), da carqueja (Ulex europaeus), uma espécie nativa no continente, do incenseiro (Pittosporum undulatum), da tabaqueira (Solanum mauritianum) e da tabaqueira-azul (Nicotiana glauca).
Espécies Florestais
Quando se fala em floresta Laurissilva, a árvore que nos vem à ideia é o loureiro. Mas a floresta nativa da Madeira é muito mais do que isso. Valorizada desde há vários séculos pelas diferentes utilizações, a sua riqueza está espelhada em espécies variadas e únicas no mundo, com muito para conhecer neste artigo escrito em colaboração com Beatriz Sousa.
Indicadores Florestais
A floresta das regiões autónomas portuguesas tem características bastante diferentes, não só relativamente ao continente, mas também entre arquipélagos, sobretudo no que concerne às principais espécies.
Indicadores Económicos
Caminhar entre as árvores, descobrir recantos únicos, mergulhar em rios e cascatas, observar as aves, inspirar o ar refrescante da floresta ou acordar sob um teto de verde e céu… Qual o valor destas e de tantas outras atividades e experiências que nos proporciona o uso recreativo da floresta? Não é fácil determiná-lo, mas o valor estimado aponta para mais de 29 milhões de euros por ano em Portugal.