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Espécies Invasoras

Para que servem as espécies exóticas florestais?

As exóticas florestais contribuem para diversificar recursos. Existem mais de 150 espécies de árvores não nativas nas florestas europeias, cobrindo 4% da área florestal, de acordo com o livro Should we be afraid of non-native trees in our forest? (2018). A sua importância varia entre menos de 1% nos países Bálticos e mais de 60% na Irlanda e Escócia, zonas onde existe um baixo número de espécies autóctones. Estas espécies exóticas florestais têm sido utilizadas há séculos como espécies pioneiras em solos pobres e degradados, para viabilizar a produção florestal, permitindo a fixação de população humana, providenciando matérias-primas, criação de valor e sustento económico.

Algumas espécies exóticas florestais são muito importantes, não apenas pela produção de madeira (tendem a crescer em média 20%-30% mais depressa que as espécies nativas), mas por fornecerem outros produtos e serviços, como, por exemplo, frutos, pólen para as abelhas, embelezamento da paisagem ou melhoria do solo (mitigação da erosão e criação de condições para a fixação de outras espécies). É o caso do cipreste (Cupressus sp.), choupo (Populus sp.), tília (Tilia sp.), eucalipto (principalmente Eucalyptus globulus), marmeleiro (Cydonia oblonga) ou criptoméria (Cryptomeria japonica). Estas espécies são elementos determinantes de paisagens como os parques da Pena (Sintra), Serralves (Porto), dos Remédios (Lamego) ou do Bom Jesus (Braga) e serras como a de Monsanto (Lisboa), Gerês, Cabreira, Lousã ou Estrela. Algumas plantas exóticas são ainda usadas como ornamentais em ambiente urbano, dada a sua resiliência. É o caso do jacarandá (Jacaranda mimosifolia D.Don) ou da tipuana (Tipuana tipu).

Uma espécie exótica não é sinónimo de espécie invasora.

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