Os avanços tecnológicos e os processos de digitalização, associados ao conceito de floresta 4.0, têm vindo a transformar o modo como conhecemos a floresta e a forma como fazemos as operações florestais. Paula Soares e Alexandra Marques guiam-nos por algumas destas inovações que procuram trazer maior eficiência e menos impactes às atividades florestais.
Conseguir uma gestão mais eficiente dos recursos, aumentar a competitividade e a segurança das operações e contornar a falta de mão-de-obra são alguns dos aspetos positivos que os avanços tecnológicos podem trazer ao sector florestal, com benefícios também para o aumento da eficiência energética e para a redução de emissões de gases com efeito de estufa. Digitalização e descarbonização juntam-se, assim, no conceito emergente de floresta 4.0, que integra os diferentes tipos de inovação digital em teste ou já disponíveis neste sector.
O nome floresta 4.0 vem do paralelismo com a quarta revolução industrial. Esta é uma revolução digital, baseada na recolha de grande volume de dados (big data) e no desenvolvimento dos algoritmos de inteligência artificial. Estes algoritmos permitem trabalhar os dados e transformá-los em informação que apoia sistemas avançados de planeamento e decisão e sustenta múltiplas iniciativas de automação e robotização de equipamentos, também eles baseados em algoritmos, para conseguirem tomar decisões autónomas sobre as melhores práticas de movimentação e operação na floresta.