A relevância da composição e estrutura da parede celular para a resistência ao nemátodo da madeira do pinheiro em cenários de alterações climáticas
A doença da murchidão do pinheiro é um problema com impacte económico significativo. Normalmente, quando a doença é identificada, a solução é o abate das árvores e a sua destruição. O pinheiro-bravo (Pinus pinaster) é a espécie mais afetada pela doença, que afeta também o pinheiro-manso (Pinus pinea) e o pinheiro-de-alepo (Pinus halepensis), embora estas espécies sejam menos suscetíveis.
A parede celular vegetal dá forma às células e é a base para funções vitais das plantas. Fornece-lhes suporte e resistência, especialmente através da formação de barreiras defensivas contra agentes patogénicos, desidratação e outros fatores ambientais. O seu estudo, permite comparar a composição e a ultraestrutura molecular de espécies de árvores tolerantes e não tolerantes e perceber se existem propriedades que impeçam a propagação da doença ou que promovam a sua propagação em espécies suscetíveis.
Com o estudo da informação química da parede celular pretendem-se desenvolver modelos de previsão de suscetibilidade à doença relativamente às alterações climáticas (usando modelos climáticos) e trabalhar no melhoramento de espécies, criando pinheiros resistentes à doença da murchidão.
– Descrever as características anatómicas em árvores jovens de Pinus spp. tolerantes e intolerantes ao nemátodo do pinheiro.
– Avaliar as características dos anéis interiores da madeira e investigar a existência de uma associação à suscetibilidade à infeção pelo nemátodo do pinheiro.
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Centro de Investigação Florestal de Lourizán (Espanha), Universidade de Gales e Universidade da Geórgia
Mais informações sobre o projeto: https://qfm.uc.pt/projects/pinewallen/