O aumento das preocupações ambientais, a preferência por produtos renováveis e os constrangimentos no uso de recursos de origem fóssil são os fatores que mais deverão contribuir para o crescimento do mercado da nanocelulose, refere a MarketsandMarkets – empresa especializada na pesquisa e quantificação de oportunidades emergentes. O seu relatório sobre a nanocelulose, publicado em março de 2020, projeta um crescimento do mercado deste material de origem vegetal, de 297 milhões de dólares em 2020 para 783 milhões de dólares em 2025.
A nanocelulose é constituída por partículas microscópicas – nanopartículas – de celulose, um dos principais constituintes da madeira. Além da sua origem natural, é biodegradável e tem propriedades como a leveza e resistência que a tornam muito versátil.
Os principais tipos de nanocelulose são a celulose microfibrilada (MFC) e nanofibrilada (NFC) e a nanocelulose cristalina/celulose nanocristalina (CNC/NCC). A diferença está na forma como a celulose se organiza: em feixes paralelos e organizados, como uma embalagem de lápis, no caso da celulose fibrilada, ou em cristais semelhantes a grãos de arroz, no caso da celulose cristalina.
A maior procura deverá incidir sobre as microfibras de celulose (MFC ou celulose microfibrilada) e as nanofibras de celulose (NFC ou celulose nanofibrilada), ambas compostas por partículas de dimensões inferiores a 100 nanómetros. Para se ter uma noção comparativa da dimensão, um fio de cabelo humano tem, em média, 80 mil nanometros de espessura.