As florestas, tal como outros ecossistemas terrestres, albergam muitos organismos que se alimentam das suas folhas, troncos e raízes. Quando passeamos nas florestas raramente nos apercebemos deles, porque na maioria são muito pequenos, alguns microscópicos, mas eles existem em diversidade e abundância – na ordem das centenas ou milhares de espécies em poucos metros quadrados.
Estes organismos vivem normalmente em equilíbrio com as plantas e esta harmonia é mantida por dois mecanismos principais:
1. outros animais ou patogénicos, que neles infligem mortalidade e perda de fecundidade.
2. mecanismos de defesa da própria planta, como a produção de compostos químicos, que afastam ou dizimam os organismos que as consomem.
Quando falamos em pragas significa que houve uma falha num dos mecanismos – ou em ambos. Há várias razões que a podem causar e entre as principais estão as alterações climáticas. As variações de temperatura e humidade, assim como outros fatores, como as tempestades ou os incêndios, são propícios a alterar este equilíbrio.
Um outro mecanismo pode ainda contribuir para estes desequilíbrios, mas que depende da ação humana, está relacionado com más práticas, sejam florestais ou, por exemplo, de manuseamento e acondicionamento da madeira.