Falar de floresta é falar de algo muito importante no nosso futuro coletivo, mas é também falar de uma realidade complexa, que nos coloca o desafio da gestão agroflorestal inteligente e participativa. O conhecimento digital, apoiado por novas tecnologias e sistemas de apoio à decisão permite a gestão e o equilíbrio de interesses ao nível do território, potenciando benefícios ambientais, sociais e económicos.
A gestão agroflorestal inteligente é um desafio complexo, que implica inúmeras variáveis, intervenientes e objetivos. Basta considerar as muitas funções que desempenham os sistemas agroflorestais, os diferentes produtos e serviços que nos providenciam – desde a proteção à provisão – ou as implicações diretas e indiretas de ameaças, como as que resultam das alterações climáticas e que influenciam a resiliência dos ecossistemas. A complexidade aumenta quando sabemos que gerir a floresta portuguesa significa planear e atuar em muitas realidades distintas: a floresta pública e a privada, a de produção, a de conservação, a de lazer…
Esta realidade desafiadora implica inovar no conceito, mas acima de tudo nos modelos e instrumentos que podem apoiar a gestão agroflorestal inteligente, participada pelos utilizadores. É para chegarmos a este conceito de “smart forest” que importam os dados contínuos e os sistemas de informação de natureza espacial. Através deles, ampliamos os dados e o conhecimento “em tempo real”, os quais são essenciais para apoiar os decisores e gestores num planeamento e ação mais informados e efetivos, ou seja, na desejada gestão agroflorestal inteligente.
“Onde temos dados digitais disponíveis, eles podem traduzir a realidade da floresta e ajudar a suportar ações que garantam a potenciação e a perenidade dos serviços e produtos da floresta”, refere Joaquim Mamede Alonso, que dá a conhecer, neste seminário, dezenas de soluções disponíveis.