O investimento na floresta é essencial para melhorar a sua gestão, produtividade e rentabilidade, assim como para aumentar a sua vitalidade e capacidade de fixação de carbono. Conheça, com Gonçalo Alves, alguns instrumentos de financiamento florestal a que os proprietários podem recorrer.
Pela sua localização no sul da Europa, a floresta portuguesa tem um potencial produtivo elevado, principalmente no litoral norte. No entanto, na maioria dos casos, a produtividade real está muito aquém deste potencial. Além da baixa produtividade, a nossa floresta enfrenta desafios de várias ordens, incluindo a pequena dimensão da propriedade (em especial nas zonas de maior produtividade), o despovoamento e abandono das atividades do sector, o preço das matérias-primas florestais (na maioria dos casos estagnados) e o aumento de riscos associados às alterações climáticas.
Riscos abióticos, como a seca prolongada e o aumento da intensidade dos incêndios, e riscos bióticos, como a incidência crescente de pragas e doenças, são exemplos dos efeitos das alterações climáticas que têm vindo a afetar as florestas portuguesas. Gonçalo Alves destaca que as próprias florestas podem fazer parte da solução, nomeadamente através da sua capacidade de fixação de CO2.
O aumento da capacidade de fixação de CO2 está dependente da maior vitalidade da floresta que só se consegue se tivermos capacidade para investir na sua gestão, alerta o orador: precisamos de florestas mais rentáveis, que nos proporcionem mais retorno e maior capacidade de fixar carbono.
Para apoiar os proprietários neste investimento, temos em Portugal várias fontes de financiamento florestal.