Os polinizadores visitam as flores com o objetivo de recolher alimento para si mesmos e para os seus descentes ou comunidades. Ao fazê-lo, ajudam à transferência de grãos de pólen das estruturas masculinas de uma flor (as anteras) para a parte feminina (o estigma) da mesma flor, ou de outra, da mesma espécie.
Os insetos são os principais responsáveis por esta transferência – que também pode ser feita à boleia de outros animais, do vento e da água – e o seu contributo inicia o processo de fecundação que vai levar ao desenvolvimento dos frutos e sementes, as quais darão depois origem a novas plantas.
A polinização pode ocorrer de diferentes formas:
- Direta, quando os grãos de pólen caem sobre o estigma da própria flor que o originou. Também chamada autopolinização (ou autogamia), é mais comum em plantas com flores que contêm simultaneamente órgãos sexuais femininos e masculinos – as flores bixessuadas ou monoicas;
- Indireta, quando o pólen de uma flor cai sobre o estigma de outra flor da mesma planta. Ocorre em plantas com flores que têm apenas um dos sexos – plantas dioicas;
- Cruzada, quando os grãos são transportados de uma planta para outra. Pode ocorrer em ambos os tipos de plantas.
Os polinizadores podem ajudar nos três processos. Por exemplo, o bater das suas asas pode fazer estremecer a flor, ajudando à libertação do pólen. No caso da polinização cruzada, a distância a que transportam o pólen é essencial para a fecundação entre flores de diferentes plantas e até de diferentes populações de uma espécie, o que contribui para a aumentar a sua variabilidade genética e capacidade de adaptação.