Incêndios Rurais
A “Nova Era” de incêndios é definida pelo comportamento extremo do fogo. Trata-se de uma nova geração de incêndios intensos, impossíveis de controlar e de propagação rápida, com projeções a longas distâncias e mudanças imprevisíveis na direção das chamas. Além das consequências ecológicas, estes incêndios extremos têm profundos impactes socioeconómicos, podendo envolver perdas de vidas humanas e danos irreversíveis nos ecossistemas.
Verificam-se cada vez mais incêndios com este comportamento extremo em várias regiões do globo. Austrália e Califórnia (EUA) são apenas dois exemplos, mas as alterações climáticas propiciam incêndios igualmente extremos em regiões onde estes nunca haviam sido registados. Como refere o relatório de 2017 Forest Fires in Europe, Middle East and North Africa, do EFFIS, “enquanto os países do sul da Europa concentram a maior parte da área anual ardida, as áreas a norte, como a Escandinávia, sofreram recentemente com fogos florestais sem precedentes”. Esta nova realidade exige uma reformulação das estratégias de gestão.
Fogo
Nos últimos anos, tem aumentado o número de grandes incêndios que atingem as áreas rurais. Pela dimensão e intensidade do fogo, esta nova geração de incêndios dá origem a áreas ardidas mais extensas, com impacte socioeconómico significativo e perda de vidas.
Caso de Estudo
Em 45 anos registaram-se 42 incêndios rurais na freguesia de Alvares. A maior parte da área ardida resultou de grandes incêndios. O passado recente veio reforçar que o risco de grandes incêndios é elevado, mas não inevitável. Entre 2017 e 2018, um projeto-piloto demonstrou que há várias estratégias possíveis para que o território de Alvares aumente a resiliência ao fogo ao longo das próximas décadas. Conheça este caso de estudo.