Com 273 anos de existência, a história deste local está estreitamente ligada à do Convento de Mafra. Criada com o propósito de servir de espaço de recreio e caça à realeza – assim como fornecer lenha e outros produtos florestais ao Convento –, a Tapada de Mafra evoluiu ao longo destes quase três séculos, assim como o coberto vegetal que a caracteriza. Hoje, é um local de passeio em família, caminhadas e corridas no meio da natureza, onde a diversidade “espreita” a cada curva dos trilhos.
Pela oportunidade pedagógica de observar diferentes espécies de animais – de grande e pequeno porte – e diferentes espécies arbóreas, esta é uma visita para dar a conhecer às crianças a riqueza da floresta portuguesa. No entanto, esta “floresta encantada” – slogan adotado pela Tapada – não conquista apenas os mais novos: com diferentes graus de exigência, há diversos percursos florestais para percorrer por qualquer amante da natureza, a andar, em passo de corrida ou em BTT.
A biodiversidade local tira partido do microclima característico de Mafra, chuvoso, húmido, com amplitudes térmicas baixas, ou seja, meses frios com temperaturas mínimas amenas e verão fresco, ventoso e com algum nevoeiro. O relevo acidentado da Tapada, entre os 80 e os 358 metros de altitude, possibilita que, no ponto mais elevado, seja possível ver o mar e a costa do cabo da Roca a Peniche, quando o tempo permite. As nascentes de água abundantes são favoráveis às galerias de floresta ribeirinha que podem ser observadas na Tapada.