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Pragas e Doenças

Quais as principais pragas e doenças que afetam o pinheiro-bravo?

São várias as pragas e doenças que afetam o pinheiro-bravo, como por exemplo a Doença da Murchidão do Pinheiro. No quadro abaixo, indicam-se as principais pragas e doenças que afetam o pinheiro-bravo. Na maioria dos casos costumam provocar danos não fatais, mas há exceções.

 

Principais pragas do pinheiro-bravo

Órgão atacadoNome científicoNome comum
AgulhasThaumetopoea pityocampaProcessionária-do-pinheiro
Pineus piniAfídeo-lanígero-do-pinheiro
Cinara maritimaPulgão-do-pinheiro
Leucaspis spp. Cochonilha-branca-do-pinheiro
Tronco, ramos e raminhosOrthotomicus erosusBóstrico-pequeno
Tomicus spp. Hilésina
Ips sexdentatusBóstrico-grande
Dioryctria sylvestrellaPiral-do-tronco
Pissodes castaneusGorgulho-pequeno-do-pinheiro
Monochamus galloprovincialisLongicórnio-do-pinheiro - Doença da Murchidão do Pinheiro

 

A Doença da Murchidão do Pinheiro (DMP) é atualmente a mais preocupante das pragas e doenças que afetam o pinheiro-bravo, já que tem afetado um número crescente de árvores nos últimos anos, levando à morte das árvores em semanas ou meses, e os esforços de contenção e erradicação não têm sido suficientes para a travar.

A DMP é causada por um nemátodo (verme), o Bursaphelenchus xylophilus (Steiner & Bührer) Nickle et al., cuja disseminação está associada a um inseto vetor, o Monochamus galloprovincialis (Olivier), vulgarmente designado por longicórnio do pinheiro. Na Europa, este verme conhecido como o nemátodo-da-madeira-do-pinheiro (NMP) – foi classificado como organismo de quarentena pela EPPO – European and Mediterranean Plant Protection Organization. Isto significa que, ao abrigo da legislação comunitária (Diretiva 77/93/CEE), os estados membros afetados têm de adotar medidas específicas para o seu controlo e erradicação.

A DMP está entre as pragas e doenças que afetam o pinheiro-bravo e que causa a sua morte por embolia – bloqueia a passagem de nutrientes – ao fim de poucas semanas ou meses. Os sintomas, comuns a outras doenças do pinheiro, incluem o amarelecimento e a murchidão das agulhas.

Em Portugal, o NMP foi detetado em 1999, associado ao inseto vetor, em pinhal bravo da região da península de Setúbal. Foram depois detetados novos surtos, inclusive na Ilha da Madeira. Desde a sua deteção têm sido implementadas, no território nacional, diversas ações com vista ao controlo do agente e do seu vetor, incluindo, entre outras: a fumigação e o tratamento da madeira pelo calor ou o abate de árvores sintomáticas; a criação de faixas de contenção fitossanitária; a aplicação de armadilhas para atração de insetos adultos, e medidas fitossanitárias destinadas ao material de embalagem produzido no território continental Português, , usado no transporte de madeira não processada para outros países. Contudo, as estratégias até agora seguidas não se têm revelado capazes de conter e erradicar o NMP.

As pragas e doenças que afetam o pinheiro-bravo fazem-no sobretudo em árvores debilitadas, pelo que uma silvicultura adequada é uma importante medida de prevenção. Por exemplo, em situações pós-fogo deve-se retirar, o mais rapidamente possível as árvores queimadas, de modo a minimizar possíveis ataques de pragas, nomeadamente, de insetos xilófagos e subcorticais, como os bóstricos referidos no quadro anterior.

 

 

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