“Temos uma paisagem moldada pelas nossas opções de consumo e, na prática, pelas opções de consumo da maioria, ou seja, de quem vive nas cidades”, refere Henrique Pereira dos Santos para explicar que as áreas florestais que temos hoje resultam mais das dinâmicas produtivas que se vivem no espaço rural do que de estratégias com força da lei.
“As nossas árvores crescem mais depressa do que na Finlândia e desse ponto de vista temos uma vantagem. Mas também cresce mais depressa tudo o que está por baixo das árvores” e esses combustíveis finos são o que comanda os incêndios. O que era antes matéria-prima para a agricultura e pastorícia passou a ser um resíduo, cuja eliminação pesa nas contas da exploração florestal.