Dinâmica Rural
Antes da disponibilização de adubos químicos, a fertilidade dos campos agrícolas era assegurada com a incorporação de estrume. Segundo o livro “Portugal: Paisagem Rural”, o pastoreio e as áreas de baldios onde cresciam os matos estavam interligadas com a produção agrícola.
No chamado ciclo do mato, os agricultores deslocavam-se às serras, normalmente aos terrenos baldios, para fazer a roça, ou seja, o corte do mato que servia de cama e alimento aos animais. Estes, por sua vez, produziam estrume que servia para fertilizar as hortas.
Sem a reposição dos nutrientes consumidos pelas plantas cultivadas, o solo vai perdendo a sua fertilidade e o rendimento das culturas diminui.
História
A floresta portuguesa ocupa hoje mais de um terço do território português, uma área quase quatro vezes superior à do início do século XIX. As florestas primitivas de carvalhos desapareceram, sendo a floresta atual maioritariamente plantada. As alterações resultam da ação humana sistemática sobre o território, associada aos grandes fatores socioeconómicos que marcaram a dinâmica rural e a história portuguesa nos últimos 200 anos.
Gestão Florestal
Tradicionalmente, a gestão florestal estava focada no fornecimento duradouro de madeira, simplificando os ecossistemas florestais e assumindo que era possível o seu controlo. A constatação de que as florestas são sistemas complexos, com componentes ecológicos, sociais e económicos que se entrecruzam, tem levado a uma alteração no foco da gestão: da árvore para o ecossistema.
Caso de Estudo
Manter um teor adequado de matéria orgânica no solo é um dos fatores essenciais para o seu equilíbrio e conservação, assim como para a manutenção da produtividade vegetal, tanto agrícola como florestal. Reforçar este teor onde ele escasseia é um dos objetivos do projeto URSA – um exemplo inspirador de criação de valor através de práticas circulares, para conhecer neste artigo em colaboração com David Catita.