Incêndios Rurais
O comportamento do fogo – ou seja, a forma como os combustíveis entram em ignição, a chama se desenvolve e o fogo se propaga – depende das interações entre os combustíveis, a meteorologia e a topografia. Estes três fatores, em conjunto com o fator tempo, condicionam a evolução de um incêndio. A topografia varia no espaço, mas é tendencialmente estável no tempo e os combustíveis variam no tempo e no espaço. A meteorologia é o fator mais dinâmico e o que se reveste de maior importância na definição do comportamento do fogo.
De destacar que o regime de fogo atual reflete a grande acumulação de biomassa nas paisagens nacionais, com consequências na evolução dos incêndios rurais.
Caso de Estudo
As florestas têm um papel importante no ciclo hidrológico e na proteção contra a erosão e a degradação do solo. No entanto, as perturbações derivadas das alterações climáticas estão a afetar a sua resiliência. O projeto europeu “LIFE Resilient Forests” tem como principal objetivo desenvolver uma ferramenta de apoio à gestão florestal integrada ao nível da bacia hidrográfica para promover ecossistemas e florestas mais resilientes. Conheça o caso de estudo nacional do projeto, neste artigo em colaboração com Maria Gonzalez e Miguel Almeida.
Caso de Estudo
Em 45 anos registaram-se 42 incêndios rurais na freguesia de Alvares. A maior parte da área ardida resultou de grandes incêndios. O passado recente veio reforçar que o risco de grandes incêndios é elevado, mas não inevitável. Entre 2017 e 2018, um projeto-piloto demonstrou que há várias estratégias possíveis para que o território de Alvares aumente a resiliência ao fogo ao longo das próximas décadas. Conheça este caso de estudo.