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Alterações Climáticas

Quais os impactes das alterações climáticas nas florestas?

O aumento da frequência e magnitude de fenómenos climáticos extremos são algumas das pressões que estão a afetar o Planeta, com consequências transversais ao nível social, económico e ambiental. Os impactes das alterações climáticas nas florestas são também de várias ordens:

1. Alteração da quantidade de água disponível: o aumento da temperatura e redução da precipitação impactam o ciclo hidrológico (taxas de evaporação e transpiração, disponibilidade de água subterrânea e humidade do solo, entre outros), com resultados variáveis de local para local.

2. Aumento do número e severidade dos fogos: a redução da humidade no solo e na vegetação e as condições climáticas extremas estão a contribuir para o aumento do número e da intensidade dos incêndios, alguns fora da época de verão.

3. Aumento do risco de pragas e doenças e da ameaça das espécies invasoras: organismos hoje considerados pouco relevantes podem tornar-se problemas fitossanitários, pela ocorrência de condições ambientais mais favoráveis ao seu desenvolvimento, ou pela debilitação do equilíbrio estabelecido, incluindo a ação de inimigos naturais. As novas condições podem ser propícias à instalação de espécies invasoras e/ou possibilitar a expansão de espécies exóticas e a sua transição para invasoras. Estes  impactes das alterações climáticas nas florestas afetam a sua saúde e resiliência.

4. Redução da produtividade florestal: nas regiões onde o aumento de temperatura e a redução da precipitação são mais intensas, como é o caso da região mediterrânica, existe maior risco de redução da produtividade.

5. Alteração da área de distribuição potencial das plantas: com mais calor e menos água, a distribuição geográfica potencial das espécies vai alterar-se. Ao longo das últimas décadas, a distribuição geográfica de muitas plantas moveu-se em direção aos polos e em altitude. Com um aumento da temperatura média global de 1.5°C, 8% das plantas estarão em risco de ver reduzida a sua área de distribuição potencial em 50%, segundo o relatório especial do IPCC. Se o aumento for de 2°C, sobe para 16% o número de espécies de plantas que vê a sua área reduzida para metade.

6. Aumento da erosão do solo: a redução do coberto vegetal e consequente perda de raízes, tornam o solo menos resistente a chuvas e enxurradas, causando erosão e potenciais derrocadas, que reduzem a sua fertilidade.

 

 

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