Alterações Climáticas
As florestas plantadas de eucalipto e pinheiro-bravo destacam-se, em Portugal, pela capacidade de sequestro de carbono, tendo em conta os valores disponíveis para as principais espécies florestais. A renovação constante destas espécies (decorrente da exploração) permite a continuidade desta função e um efeito mitigador das alterações climáticas a curto prazo. A longo prazo, a manutenção de florestas de crescimento mais lento permite a acumulação de maior quantidade de carbono no solo.
Importa notar que a capacidade de sequestro de carbono depende de vários fatores, desde o tipo de solo e clima, à água disponível, para referir apenas algumas variáveis. A fixação de carbono depende ainda da taxa de crescimento das plantas, que varia entre espécies e ao longo da vida de cada uma. Assim, uma espécie de crescimento rápido pode sequestrar mais carbono anualmente, mas isto acontece durante menos tempo. Por outro lado, uma espécie de crescimento lento pode captar menos carbono anualmente, mas consegue fazê-lo ao longo de mais anos de vida.
(toneladas de CO2 e/ou C por hectare e por ano) | ||
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ou 4,1-8,73 t C/ha/ano | ||
ou 0,27-1,88 t C/ha/ano | ||
ou 4,1-7,09 t C/ha/ano | ||
ou 9 t C/ha/ano | ||
ou 1-3 t C/ha/ano | ||
4,8 t C/ha/ano para t ≤ 5 anos 7,25 t C/ha/ano para 5 | ||
7,9 t C/ha/ano para t ≤ 25 anos 7,2 t C/ha/ano para 25 < t < 50 anos 6,4 t C/ha/ano para t ≥ 50 anos | ||
Fontes: Estimating net primary production in 'Eucalyptus globulus' and 'Pinus pinaster' ecosystems in Portugal. 2005 Accuracy of remote sensing data versus other sources of information for estimating net primary production in Eucalyptus globulus Labill. and Pinus pinaster Ait. ecosystems in Portugal. 2014 |
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A diferença entre valores (inclusive para a mesma espécie) explica-se, principalmente, pelos diferentes métodos usados para estimar a quantidade de carbono sequestrado:
– Método da variação de stocks: o carbono na biomassa e/ou solo é medido e/ou estimado em alturas diferentes. A variação reflete a produtividade do sistema.
– Método dos fluxos de carbono ou covariância de fluxos turbulentos: método de medição direta, que reúne consenso científico, para monitorizar o balanço de água e de carbono em ecossistemas terrestres. As trocas de CO2 e outros gases e água entre todo o ecossistema (biomassa aérea das árvores, vegetação e solo) e a atmosfera são medidas em torres de fluxo, nas quais se monitorizam também variáveis meteorológicas.
Além disso, existem também vários diferenciais e especificações para fazer estes cálculos – considerar todos os gases com efeito de estufa ou apenas os mais importantes, considerar ou não o carbono no solo (alguns estudos consideram unicamente a parte aérea), entrar em consideração com as diferenças no armazenamento de carbono na madeira, troncos e folhas – e unidades diferentes para apresentar os resultados.
Apesar de sabermos que uma tonelada de C é equivalente a 3,667 toneladas de CO2 e que a fixação de carbono pode ser estimada a partir de valores de produtividade primária líquida (NPP) considerando que 50% da matéria seca produzida é carbono, nem sempre é fácil interpretar a literatura disponível sobre a capacidade de sequestro de carbono das diferentes espécies.
Alterações Climáticas
Durante os últimos 25 anos, as florestas removeram cerca de um quarto das emissões anuais globais de dióxido de carbono, ajudando, assim, a mitigar os efeitos das alterações climáticas recentes. Em Portugal, o contributo das florestas como sumidouro de carbono tem vindo a diminuir nos últimos 10 anos.
Alterações Climáticas
Décadas de ensaios sugerem que o aumento previsto de dióxido de carbono para o final do século XXI vai promover a produtividade das plantas e a sua capacidade de sequestro de carbono. Caso as previsões se confirmem, quais os limites deste efeito, considerando os recursos naturais?
Alterações Climáticas
As florestas são os ecossistemas terrestres com maior capacidade de sequestro de carbono, retendo-o nos seus produtos, que podem substituir materiais e energia de origem fóssil. Plantar e cuidar da floresta são ações prementes para mitigar os impactes do aquecimento global decorrente das alterações climáticas.